De volta à Série B

A queda em 17 atos: veja a linha do tempo do rebaixamento coxa-branca

Presidente Samir Namur comandou o Coritiba durante a maior parte da temporada.

O Coritiba foi rebaixado do Brasileirão pela segunda vez em três anos. O ato final aconteceu neste sábado (13), diante do Santos, na Vila Belmiro.

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Depois de cair em 2017, no último ato da gestão do presidente Rogério Bacellar, o clube passou duas temporadas na Série B sob o comando de Samir Namur até subir em 2019.

E a promessa era passar longe da zona de rebaixamento no ano seguinte. “Eu falei para os jogadores no vestiário [após a partida do acesso, contra o Vitória] que, em 2020, o Coritiba não fica na zona de rebaixamento, não briga para cair e quem destes atletas ficar tem que colocar na cabeça que o Coritiba quer sim brigar por coisas grandes”, avisou Samir logo após o acesso.

Mas a volta à elite – dificultada pela pandemia – não foi do jeito que a torcida esperava. Veja abaixo a trajetória da queda.

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979 dias depois de jogar a elite do futebol nacional pela última vez, o Coritiba estreou com derrota no Brasileirão 2020.

No Couto Pereira, onde três dias antes havia perdido o título paranaense para o rival Athletico, o Coxa foi derrotado pelo Internacional por 1 a 0. Foi o início da campanha que culminaria em mais um rebaixamento.

Após mais duas derrotas (Bahia e Flamengo), o Alviverde visitou Corinthians na 4ª rodada da Série A. E o revés por 3 a 1 concretizou o pior início do clube na história do campeonato.

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A sequência negativa refletiu no banco de reservas, com a demissão do técnico Eduardo Barroca. Muito pressionado pela torcida, o diretor de futebol Rodrigo Pastana também não resistiu e caiu junto.

Na quinta rodada, o Alviverde redescobriu o sabor de uma vitória na elite. Sob o comando do auxiliar Mozart, o time bateu o Red Bull Bragantino por 2 a 1, fora de casa.

Gol de pênalti aos 49 minutos do segundo tempo. Foi dramática a reestreia do técnico Jorginho no Coritiba.

O comandante que levou o time para a Série A, assumiu diante do Sport, no Couto Pereira, e só venceu no fim. O gol foi do zagueiro Sabino.

Com o resultado, o Alviverde deixou a zona de rebaixamento pela primeira vez na temporada.

Na 9ª rodada, o Coxa voltava a ocupar a ZR depois de empatar com Botafogo e perder para o Atlético-MG.

Mais um empate, desta vez com o Goiás, fora de casa, deu sinais bem claros de que o time estava fora de prumo. O Coritiba chegou a abrir 2 a 0, mas tomou a virada e só conseguiu igualar nos acréscimos.

Iniciando o Brasileirão em crise, o que poderia piorar a situação coxa-branca? Derrota em clássico é a resposta correta – e foi isso que aconteceu na Arena da Baixada, com um gol solitário de Fabinho.

O Athletico, que não vencia há sete rodadas, saiu da ZR e deixou o Coritiba estagnado na tabela.

Cravado na ZR, o Coxa surpreendeu e derrubou o Palmeiras no Allianz Parque. O técnico do Vanderlei Luxemburgo, aliás, não resistiu à derrota em casa.

O resultado deu esperança à torcida, mas o caminho seguiria mostrando que uma reviravolta seria improvável.

A derrota por 2 a 1, fora de casa, diante do Ceará, selou o destino do técnico Jorginho. O comandante foi demitido com 33% de aproveitamento e apenas três triunfos em 13 rodadas.

Quem seria a próxima aposta da diretoria para tentar salvar o time da queda?

Jorginho foi o terceiro técnico do Coritiba

Rodrigo Santana, com passagens por Atlético-MG e Avaí, foi o escolhido para tentar tirar o Alviverde da área de risco.

E, no fechamento do primeiro turno, o clube voltou a vencer. Com Pachequinho no banco de reservas e gol de Matheus Galdezani, triunfo em casa sobre o Atlético-GO.

Depois de 19 rodadas, a equipe era ocupava o 18º lugar, com 19 pontos – somente um atrás do Botafogo, primeiro time fora da ZR. Bom presságio?

Santana até começou com um inesperado empate contra o Inter, fora de casa. Mas foi com o treinador que o Coxa iniciou a maior sequência sem vitórias no Brasileirão, que durou dez partidas.

Nesse período, o time perdeu confrontos diretos que poderiam ter mudado o destino do clube. O primeiro foi contra o Bahia, em casa. E de virada.

A sequência alviverde continuou com derrotas para Flamengo e Corinthians, além de um empate com o Red Bull Bragantino.

Agora a quatro pontos do Sport, primeiro time fora da ZR, o Coxa visitava o Leão da Ilha. E o que aconteceu?

Thiago Neves garantiu o resultado para os pernambucanos e Rodrigo Santana foi demitido com 11% de aproveitamento em seis jogos.

Mais um jogo decisivo, mais uma derrota. Ainda sob o comando do auxiliar Pachequinho, o Coritiba perdeu de virada para o então lanterna Botafogo e foi parar na última posição do campeonato.

Nos acréscimos, o zagueiro Sabino ainda isolou um pênalti que poderia igualar o marcador.

Após um conturbado processo eleitoral, com mudanças na data da eleição motivadas pela pandemia de Covid-19, Samir Namur saiu de cena no Alto da Glória.

Com 75% dos votos, Renato Follador foi eleito presidente do Coritiba. A nova diretoria começou a trabalhar na virada do ano e, em pouco tempo, começou a implantar diversas mudanças na estrutura do clube.

Sob o olhar do novo treinador, o paraguaio Gustavo Morínigo, o Coxa perdeu para o Goiás no Couto Pereira, no primeiro duelo da nova gestão.

Na tabela de classificação, o time seguia com 21 ponto, os mesmos de quatro rodadas atrás, na última posição.

Após dez jogos, o Alviverde finalmente venceu. Bateu o Vasco (de Vanderlei Luxemburgo), fora de casa, por 1 a 0. O gol foi do volante Hugo Moura.

Ainda restava um fio de esperança pela salvação.

O começo de trabalho de Morínigo levou o Coritiba a cinco jogos de invencibilidade. Porém, não foi o suficiente. Foram muitos empates: Athletico, Fluminense, São Paulo e Grêmio.

E contra o Fortaleza, em mais um confronto direto, o Coxa não respondeu. Até saiu na frente, com o primeiro gol de Ricardo Oliveira pelo clube, mas tomou a virada no primeiro tempo.

O jogo ainda teve expulsão de Wilson e o meia Sarrafiore defendendo pênalti para evitar um placar além dos 3 a 1.

Com três jogos de antecedência, o Coritiba está matematicamente rebaixado à Série B. Após não conseguir vencer o Santos, na Vila Belmiro, o clube não tem mais condições de alcançar os times fora da ZR.

Até aqui, o time somou 28 pontos em 35 jogos. Os duelos contra Palmeiras, Ceará e Atlético-GO serão apenas para cumprir tabela e começar a preparar caminho para mais uma dura temporada na Série B.

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