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América-MG x Paraná: derrotado e na ZR, Tricolor vive inferno

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Cristian Toledo
12/12/2020 23:22 - Atualizado: 29/09/2023 21:16
A marcação deu o tom de América-MG x Paraná. Neste lance, Andrey persegue Daniel Borges. Só que o Tricolor foi pressionado até levar o gol.
A marcação deu o tom de América-MG x Paraná. Neste lance, Andrey persegue Daniel Borges. Só que o Tricolor foi pressionado até levar o gol. | Foto: Mourão Panda/AFC

América-MG x Paraná é um jogo que vai entrar para a história tricolor. Mas porque marcou a oitava derrota seguida, a pior série dos quase 31 anos do clube. A vitória do Coelho por 1x0, na noite deste sábado (12), na Arena Independência, também marcou a entrada paranista na zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro. Sim, o Tricolor, que foi líder, que ficou no G4 boa parte da Segundona, agora corre altíssimo risco de cair para a Série C.

OUÇA: Jota Júnior fala sobre o futebol paranaense no De Letra #65

Nos últimos dez jogos, o Paraná Clube somou apenas um ponto. Isso fez o time sair da luta pelo acesso para a ZR. E, o que é pior, não mostra forças para mudar essa situação. No jogo diante do América-MG, o técnico tricolor Gilmar dal Pozzo tentou armar uma retranca, mas o time não resistiu a quase 90 minutos dentro da sua própria área.

América-MG x Paraná: os times

Sem vários jogadores e sem confiança em outros, Gilmar aumentou a aposta na marcação para encarar o Coelho. Já que Renan Bressan e Vitinho estavam fora, três volantes iriam para o jogo - Jhony, Karl e Higor Meritão. Era a forma de tentar conter os donos da casa, mesmo que eles também tivessem problemas no meio-campo, e Lisca fosse obrigado a se virar para escalar o time.

Na defesa, uma formação diferente, com Luan escalado na zaga e Hurtado mantido na lateral-esquerda mesmo com a volta de Jean Victor, que estava no banco de reservas. E com a atuação fraquíssima do colombiano na derrota para o Figueirense. Era a tentativa de ter segurança no sistema de marcação, e apostar que Thiago Alves, Andrey e Andrew conseguissem ser eficientes nas poucas chances que o jogo deveria apresentar.

Bola rolando

O Paraná Clube tentou manter a posse de bola e jogar no campo do América - fazia sentido, porque impediria a pressão dos donos da casa. Mas isso só foi conseguido nos primeiros dez minutos da partida. Depois, o Coelho começou a trocar passes e dominar a partida, colocando o Tricolor no posicionamento que se imaginava, todo dentro de seu campo defensivo.

Paulo Henrique e Felipe Azevedo acompanham a bola. Foto: Mourão Panda/AFC
Paulo Henrique e Felipe Azevedo acompanham a bola. Foto: Mourão Panda/AFC

Com três atacantes, o time mineiro apertava a saída de bola e jogava com velocidade e muitas trocas de posição - num desses lances, Renan foi obrigado a fazer um milagre. Mas depois do perigo que passou, o Paraná conseguiu se fechar defensivamente, só que ficava quase todo dentro de sua área. A marcação era com duas linhas de quatro, com Jhony entre essas linhas. Esse encaixe impediu que o América se movimentasse, principalmente Felipe Azevedo e Rodolfo, que jogavam pela faixa central.

Água mole em pedra dura...

O Tricolor conseguiu suportar o primeiro tempo - e, à exceção daquela defesa de Renan, sem sofrer sustos. Tática arriscada que ia resolvendo até então. O time ficou ainda mais compacto com a entrada de Gabriel Pires no lugar de Andrey. Mas Gilmar dal Pozzo preferiu não deixar o time sem um centroavante, e logo colocou Bruno Gomes na vaga de Andrew, que cansou.

De qualquer forma, a aposta paranista estava em encaixar um contra-ataque. Só que, e isso falei bastante aqui no blog, você fica preso na marcação no seu campo e vai vendo a bola rondar sua área. Até que uma hora uma acaba entrando. E foi na jogada de Ademir em cima de Hurtado, o cruzamento que passou por toda a área e que chegou em Calyson, que finalizou com rara felicidade. A pressão surtiu efeito, América-MG x Paraná estava decidido. E o Tricolor marcou negativamente sua história neste 12 de dezembro.

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