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Excessivo uso do VAR desgasta o futebol brasileiro

Por
Carneiro Neto
22/10/2021 12:36 - Atualizado: 04/10/2023 17:23
O VAR funciona bem na Europa, ao contrário do Brasil
O VAR funciona bem na Europa, ao contrário do Brasil | Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois

Está na cara que o mau uso do VAR está diminuindo, significativamente, o interesse do torcedor pelo futebol.

Claro, o excessivo uso do VAR desgasta o futebol brasileiro, porque na Europa o juiz dentro do campo não abriu mão da sua autoridade e muito menos das suas prerrogativas.

Tanto que raras vezes em uma partida nos campeonatos europeus o apitador central recorre ao vídeo. No máximo, ele ouve os comentários pelo foninho no ouvido e, via de regra, confirma a sua interpretação em cada lance.

Apenas raramente a gente observa o homem do apito ir à telinha colocada a margem do gramado para tirar algum tipo de dúvida.

Aqui, ao contrário, o árbitro de campo praticamente se tornou um omisso, transferindo toda a responsabilidade para a cabine onde estão os assistentes com todos os recursos tecnológicos colocados à sua disposição.

Já passou da hora de a Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol chamar a atenção dos apitadores para reorganizar as relações entre o gramado e a cabine.

Afinal, a designação VAR – Vídeo Assistant Referee – diz tudo: imagem para o assistente do juiz ajudá-lo nos lances duvidosos.

Simples assim.

Mas como quase tudo no Brasil é diferente, invariavelmente para pior, o VAR está dando dor de cabeça e tirando a graça do futebol.

Não passa uma rodada dos torneios nacionais sem o registro de algum tipo de reclamação contra a omissão do árbitro de campo ou a interpretação dos árbitros da cabine repleta de telas, alta tecnologia e outros babados.

Se o trio de campo – árbitro e bandeirinhas – fosse efetivamente preparado, técnica e psicologicamente, certamente interpretaria as ocorrências como sempre aconteceu em jogos de futebol através dos tempos, sem recorrer a todo momento a sentença eletrônica que frustra jogadores, torcedores e telespectadores que não raras vezes aguardam até mais de 5 minutos por uma simples olhadinha na tela do vídeo.

Agora a CBF decidiu liberar os áudios com os diálogos mantidos entre o homem do apito dentro do campo com a equipe de analistas de vídeo na cabine central.

Não deixa de ser uma tentativa de mostrar transparência ao respeitável público em geral e aos técnicos e dirigentes dos clubes em particular.

Mas só isso não vai aplacar a ira dos que se irritam constantemente com as decisões contraditórias que têm mudado os resultados das partidas e praticamente de todas as competições disputadas em nosso futebol.

Será que é tão difícil o árbitro brasileiro comportar-se como a maioria dos árbitros europeus, que só recorre a engenhoca do VAR em último caso ?

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