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O Brasil precisa se apequenar para voltar a vencer

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Augusto Mafuz
11/12/2022 21:22 - Atualizado: 04/10/2023 23:10
Neymar e Daniel Alves após o revés do Brasil diante da Croácia.
Neymar e Daniel Alves após o revés do Brasil diante da Croácia. | Foto: EFE

Os erros de Tite cuja influência foram decisivos para a exclusão do Brasil na Copa do Catar, não eliminam a mais dura verdade: o treinador por incapacidade errou ao tornar um time fraco em um time absolutamente banal de técnica e débil de sentimento. Neymar chorou lágrimas por mais um fracasso pessoal e não pela derrota nacional. Lágrimas verdadeiras foram as das nossas crianças por não saberem a grande verdade: já não temos mais os melhores jogadores do mundo. E faz tempo.

Quando Ronaldo Fenômeno pendurou as chuteiras,  apagou-se o último facho de luz da última geração brasileira de eleitos. Surgiu um ou outro, como Neymar, em especial, e mais recente, Vinícius Junior, Rodrygo e Bruno Guimarães. E agora que está surgindo Endrick, do Palmeiras. Mas são espécies isoladas, exceções de uma regra que produz jogadores comuns cuja valorização lá fora decorre muito mais pela força da intervenção do mercado do que do jogo no campo. Só esse fato explica a razão do Manchester United ter pago 90 milhões de euros por Antony.

No Real Madrid, Casemiro sempre foi um complemento de Modric e Toni Kross. Raphinha é reserva no Barcelona, Fred, no Manchester United no qual Antony só joga pelo seu custo, e Richarlison no Tottenham. Nunca o Brasil voltará a ser campeão escalando Paquetá como o "pensador" do time. O volante que joga de uma área a outra como é o sonho de Tostão, a sua criação é impossível pelos conceitos táticos desde a base que se adotam no futebol brasileiro.

Por ter mantido a consciência de que produzimos os melhores jogadores do mundo, é que o Brasil criou um fator de autodestruição. Poderia até ser usado como propaganda para negócios, nunca para afastar a dura realidade.

O futebol brasileiro precisa de uma urgente revisão de seus conceitos. Pode não ser o exemplo definitivo, mas é um exemplo de referência: o Palmeiras. Com Abel Ferreira, sem estrela ou estrelismo, há anos sempre ganha um título em razão da consciência de seus limites.

Reconstruir não é fácil.  Em especial, tendo que iniciar com o desmonte da soberba. A volta à humildade exige todo o espirito de renúncia do ser humano.

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