Athletico
Nova era

Desde inauguração da Arena, Athletico já faturou meio bilhão de reais com jogadores

Por
Daniel Malucelli
02/09/2021 18:39 - Atualizado: 04/10/2023 17:32
Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico
Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico | Foto: Henry Milleo/Arquivo Gazeta do Povo

Desde que voltou à primeira divisão, em 2013, o Athletico se transformou em uma máquina de vender jogadores. A diferença é abissal. Há oito anos, o Furacão faturava R$ 3 milhões com a venda de atletas. Já nos últimos três anos, a média foi de R$ 125 milhões por temporada. R$ 43 milhões em 2018; R$ 133 milhões em 2019; e R$ 201 milhões em 2020.

Os dados são dos balanços do clube e representam os valores brutos. Portanto, não levam em consideração gastos com as transações, pagamento de luvas e até mesmo bônus por renovações de contratos, que são todos contabilizados como despesas de transferência no documento oficial.

A progressão do faturamento atleticano impressiona. Desde a inauguração da Arena da Baixada, em 2014, em nenhum ano o Furacão vendeu menos do que R$ 30 milhões em valores brutos.

No total, nas últimas sete temporadas, sem contar 2021, a receita bruta com a venda de atletas foi de R$ 530 milhões. Com os custos operacionais e divisão de direitos, este valor cai para R$ 358 milhões líquidos, que entraram direto nos cofres.

O auge foi nos anos de 2019 e 2020, fruto da base campeã da Sul-Americana e Copa do Brasil. No período, o clube realizou as três maiores vendas de sua história: Bruno Guimarães, Renan Lodi e Robson Bambu, que juntos representam R$ 227 milhões do montante bruto total. Além deles, as saídas de Léo Pereira, Pablo e Rony renderam R$ 91 milhões no total.

A primeira geração que fez o Athletico lucrar acima da média foi a de 2013, com Manoel e Marcelo Cirino, expoentes do time vice-campeão da Copa do Brasil e terceiro colocado no Brasileirão.

Nos anos seguintes, a venda de revelações ou mesmo atletas contratados disparou. Douglas Coutinho, Hernani, Otávio, Nathan, Fernandão, Ribamar, Sidcley deram alto retorno financeiro ao clube.

Segundo o relatório da Fifa, o Athletico é o 12º clube da América do Sul que mais negociou atletas: 82 no total. O líder é o Fluminense, com 183 transferências.

Mas, em 2021, o ritmo diminuiu. Reflexo da última temporada, que foi abaixo do esperado. Até por isso, o Athletico negociou às pressas o atacante Vitinho por 6 milhões de euros (R$ 36 milhões) com o Dínamo de Kiev, da Ucrânia, mesmo após quase fechar o negócio com o Bordeux, da França, por 10 milhões de euros (R$ 60 milhões).

A saída de Vitinho, por mais que comprometa o desempenho do time dentro de campo, segue a lógica do Athletico de manter um faturamento alto com a transferência de atletas anualmente. A tendência é que o clube faça outra venda no fim do ano, quando a janela europeia reabrir. O mais cotado para ser negociado é o lateral-esquerdo Abner.

O Athletico tenta um acordo para pagar os R$ 291 milhões emprestados para a reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014. Atualmente, com encargos, multas e juros, o débito já ultrapassa R$ 600 milhões. A diretoria do Furacão defende a tese de que é responsável por apenas um um terço do custo total da obra para a Copa, finalizada por R$ 342.645.053,24 de acordo com a Fundação Getúlio Vargas.

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