Coritiba

Grupo de Samir diz que voto online é “golpismo”; chapa de Vialle exige troca de empresa

Eleição do Coritiba pode terminar na Justiça

Contrária à realização de eleições virtuais no Coritiba, a chapa Coritiba Responsável, do atual presidente, Samir Namur, disse que a votação online “beira ao absurdo e a mais um golpismo”.

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Nessa terça-feira (8), a Comissão Eleitoral do clube anunciou que o pleito foi adiado em três dias, para 15 de dezembro, e que o processo aconteceria exclusivamente pela internet.

O motivo da mudança foi a negativa da prefeitura de Curitiba, que barrou eleições presenciais – e também por drive thru – por causa das medidas restritivas do combate à pandemia de Covid-19. Aglomerações com mais de dez pessoas estão proibidas.

“Nesse contexto, beira ao absurdo e a mais um golpismo a tentativa de que a votação do dia 12/12 aconteça pela via online. Sem qualquer previsão estatutária ou legislação que a preveja, realizar a votação em site externo escolhido pelo presidente do Conselho seria apenas mais uma dentre outras ações golpistas”, diz trecho de nota assinada pelo grupo Coritiba Responsável, que afirma que há risco de fraude no processo eleitoral e que o adiamento era a decisão a ser tomada.

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“A credibilidade do site elegido seria o menor dos problemas; a existência de centenas de sócios falecidos aptos a votar e os inúmeros sócios que transfeririam seus dados para que terceiros votassem, os maiores. O mesmo sócio votando diversas vezes em nomes de outros seria prática pública e comum. Desse modo, sequer cogitar esse mecanismo, é, no mínimo, não se preocupar com a lisura do pleito e, por consequência, a imagem da instituição que se pretender dirigir. Caso houvesse real preocupação com a saúde dos sócios, o caminho para o adiamento da eleição estava dado há meses. Era o mais simples, política e juridicamente. Era o que menos prejudicaria o Coritiba”, prossegue a chapa de Namur.

Em entrevista ao UmDois Esportes, um dos sócios da empresa contratada pelo clube para a realização da eleição confirmou que não há como impedir “votos fantasmas”, já que a base de sócios aptos é repassada pelo clube.

União Coxa também critica as eleições virtuais

A chapa União Coxa, do candidato João Carlos Vialle, também se manifestou de forma contrária ao pleito online no formato atual.

De acordo com o grupo, a justificativa dada para remarcação das eleições para 15 dezembro foi de que a data era a única livre para a empresa.

“Ora, por que não se buscou nova empresa que atenda os interesses do Coritiba?”, questiona a União Coxa, em nota. A chapa ressaltou ainda que, nas circustâncias atuais, aceita um pleito remoto, mas que exige a troca de empresa que irá conduzir o processo.

“Portanto, a realização de eleições on-line exige isonomia entre as três chapas, sendo garantido toda a lisura que esse processo exige, com prazo compatível para que todos os associados tomem conhecimento da situação e sejam devidamente informados sobre como devem proceder para votar, sendo imprescindível que haja a mudança da empresa que foi contratada de forma unilateral e sem qualquer respaldo para intermediar o pleito”.

Ou seja, a menos de uma semana do pleito, aumenta a passos largos o risco de judicialização das eleições no Couto Pereira.

Coritiba Ideal defende votação online

Cabeça de chapa pela Coritiba Ideal, Renato Follador também se manifestou sobre a mudança no processo eleitoral coxa-branca. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele comemorou definição pelas eleições online e ressaltou que a medida deve aumentar a participação dos associados.

“Pra mim não existe nenhum evento, nenhuma eleição mais importante do que a vida humana. E a Coritiba Ideal sempre defendeu pelo menos uma eleição híbrida de votação… Tenho certeza absoluta que isso, inclusive, vai enaltecer a democracia porque o percentual de votação vai ser muito maior do que em uma eleição presencial”.

Eleições @Coritiba 15/12 pic.twitter.com/QhUFdgdxWv

— CORITIBAIDEAL (@coritibaideal) December 8, 2020

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