Análise

De Daniel Alves a David Luiz, as diferentes estratégias de São Paulo e Flamengo

David Luiz, no Flamengo. Daniel Alves, no São Paulo.

A contratação de David Luiz pelo Flamengo foi o fato mais impactante dos últimos dias. Embora existam diferentes maneiras de um clube de futebol se estruturar, o tempo vai confirmando a cada situação, como a dessa semana, que o atual campeão brasileiro fez o certo ao arrumar a casa, equacionar as finanças para, depois, aos poucos, investir no elenco.

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No entanto, ainda há clubes que gastam o que não têm, desconectados da ideia de se preparar para depois reforçar o time. O rompimento de Daniel Alves com o São Paulo é o exemplo prático, real, do quão perigoso é viver assim, apostando em resultados esportivos estupendos para conseguir cumprir os compromissos que se assume na contratação de um atleta.

É impressionante o que dirigentes da gestão são-paulina anterior fizeram. Contrataram o mais caro nome do futebol brasileiro a partir da assinatura. E não foram capazes de pagar tudo o que prometeram em documento formal, o que resultou na decisão do jogador de não se reapresentar. Fica uma dívida elevada, milhões de reais, e pouco retorno técnico.

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Algo que transita entre a inconsequência e a incompetência. Com o aval de boa parte da mídia e da torcida, os que pouco se preocuparam em questionar quanto custaria aquela aventura. E se o São Paulo tinha mesmo condições de encará-la. Não tinha. E ainda teve que engolir a atitude fria de Daniel Alves, que se diz um apaixonado tricolor.

O Athletico e o Z4

Em 21 pontos disputados, o Athletico ganhou um ponto, em casa, contra o Sport, que jogou boa parte do segundo tempo com um homem a menos (Hernanes foi expulso). O time pernambucano luta apenas contra o rebaixamento, assim como o América, último a derrotar o Furacão, sábado, em Belo Horizonte.

Como se não bastasse, o atual campeão paranaense foi eliminado do campeonato estadual deste ano pelo Cascavel, que não tinha mais do que os titulares e um trio de suplentes na vitória por 2 a 1. Eram atletas lesionados, suspensos, infectados pela Covid-19 e até os que não estavam inscritos no certame.

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E para completar, o time ficou sem técnico. Perspectivas sombrias na Série A, que se ainda não preocupa quanto ao risco de rebaixamento, vai começar a atormentar se o cenário não se alterar rapidamente. São apenas três pontos acima da zona da degola. Antes da sequência de sete jogos sem vencer, o Athletico era 5º, 12 à frente do 17º colocado.

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