Corinthians cai na Copa do Brasil, mas problema é bem maior do que o pênalti em MG
Na sexta-feira passada, Andrés Sanchez completou nada menos que mil dias como presidente do Corinthians, cargo que ocupara anteriormente e reassumiu em 2018. Seu mandato termina no fim deste ano, provavelmente sem título em 2020. E a chance derradeira, salvo uma improvável espetacular reação na Série A do Campeonato Brasileiro, se desfez na quarta-feira, em Belo Horizonte. Lá o time empatou com o América Mineiro, sendo eliminado da Copa do Brasil, já que na partida de ida, em São Paulo, perdera por 1 a 0.
A maior discussão posterior era sobre o pênalti dado para o time de Minas Gerais já na parte final do cotejo. Foi a partir de tal decisão do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães, com Carlos Eduardo Nunes Braga no VAR; que os americanos igualaram o placar em 1 a 1. Sim, foi uma dessas penalidades máximas um tanto quanto estranhas, assinaladas nessa época em que o braço minimamente aberto em contato com a bola pode resultar em infração dentro da área. Mas, mesmo que os corintianos tenham razão, a questão não é tão rasa.
Apenas a título de comparação, mesmo que não seja uma conta extremamente precisa, o elenco corintiano está avaliado em € 82,30 milhões, segundo o site Transfermarket. O do América não passa dos € 7,08 milhões. Faz sentido reduzir a discussão sobre a desclassificação do vice-campeão paulista ao penal marcado para o time mineiro? Nada contra quem queira falar sobre isso, esticar o assunto, nele se aprofundar. Prefiro bater no ponto fraco da cartolagem, que se fizesse um bom trabalho, dificilmente teria uma equipe incapaz de vencer essa disputa.
O Meu Timão publicou há menos de uma semana um levantamento assustador. O Corinthians na atual gestão fez 80 contratações, o que, destaca o site, significa um contrato assinado com o clube paulista a cada 12 dias. Doze dias!!! A lista mostra 38 jogadores para elenco principal e 42 para o time sub-23. Por posição, lá estão: quatro goleiros, 11 laterais, 10 zagueiros, 16 volantes, 18 meias e 21 atacantes. Fossem contratações bem feitas, que resultassem em uma equipe poderosa, competitiva, provavelmente os corintianos teriam avançado. Com ou sem pênaltis.
Defesas ruins
São nove jogos pela Premier League e Champions, 16 gols sofridos. O caríssimo elenco do Manchester United dirigido por Ole Gunnar Solskjær consegue apresentar desempenho defensivo mais medonho do que Flamengo de Domènec Torrent e Atlético Mineiro de Jorge Sampaoli.
Ídolo maior
As manifestações dos hinchas argentinos pela recuperação de Diego Maradona apenas reforçam o óbvio: El Diez ainda é o personagem mais idolatrado do futebol no planeta Terra.
Tempo perdido
Abel Ferreira chegou a São Paulo e viu um Palmeiras organizado e competitivo fazer 3 a 0 no Atlético Mineiro. Nada de excepcional sob o comando de Andrey Cebola Lopes. Mas indubitavelmente uma equipe muito mais estruturada do que a deixada por Vanderlei Luxemburgo. Após tanto tempo despeerdiçado, resta saber qual será o próximo clube a acreditar que o ex-melhor treinador do país ainda é capaz de montar um bom time de futebol.
