Depois de perder para o São Paulo, na Arena da Baixada, ser derrotado pela LDU, em Quito, e abatido pelo Cuiabá, o time do Athletico começou a ser questionado.
Não apenas pelos seus apaixonados torcedores, mas pelo consenso geral, afinal, o Furacão ensaiou a realização de uma grande temporada ao assumir a liderança do Brasileirão nas primeiras rodadas, qualificar-se para as semifinais do Campeonato Paranaense e classificar-se para as quartas de final da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil.
O que estaria dando errado no trabalho da dupla Paulo Autuori-António Oliveira?
Primeiro, a limitação técnica do elenco com raros reservas à altura dos titulares; segundo, a mania de poupar jogadores importantes; terceiro, as constantes falhas da experiente dupla de zaga Thiago Heleno e Pedro Henrique; quarto, a pouca criatividade do meio de campo para abastecer o ataque, sempre com altos e baixos.
Diante deste cenário, os atleticanos mostravam-se apreensivos antes da partida com a LDU, na Arena da Baixada. Menos mal que o lépido Vitinho faria a sua despedida e o jovem atacante Bissoli reapareceria como esperança de gols.
A bola começou a rolar e a torcida começou a sofrer com a inconstância da equipe, que sofreu o primeiro gol, mas empatou e conseguiu virar com dois golaços do meia Christian. Porém, os equatorianos despejaram um balde de água fria igualando o placar de novo.
Com o coração apertado em uma mão e o rosário colocado na outra, os atleticanos deliraram com os dois gols de Bissoli, que classificaram o time para as semifinais da Copa Sul-Americana. Agora, a parada será com o Peñarol, velho freguês de outros tempos, que conta com o artilheiro Alvarez Martínez, a sua maior sensação no momento.
O Athletico ressurge amassando a LDU e tentando iniciar uma nova trajetória nessa longa e cansativa temporada de quatro competições disputadas ao mesmo tempo. Haja emoção!