Samir Namur, Coritiba e as indisfarçáveis digitais de um futuro rebaixado
Não é fácil ser jornalista esportivo por essas bandas. Às vezes, só mesmo um bom preparo emocional para não se exaurir. Quando não é o Furacão de Richard e Aguillar, é o Coxa de Mailton e Neilton. Esse é bem pior do que aquele.
Em Recife, o Coritiba voltou a jogar. E sendo rigoroso com a regra que seu presidente Samir Namur criou, voltou a perder, 1x0.
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Submetendo-se ao domínio do fraco Sport, foi incapaz de ir além de uma única bola chutada na etapa final. Sofreu o gol de Thiago Neves, ainda na etapa inicial, e passou todo o segundo tempo expondo-se ao contra-ataque do time pernambucano.
Parecia que fazia questão de deixar na Ilha do Retiro as suas digitais indisfarçáveis de futuro rebaixado para a Segundona.
Ao demitir Santana no Coritiba, Namur prova que não é confiável
Nada é tão ruim que não possa piorar, é o provérbio inglês. Adotando-o, Namur empurra o Coritiba para um estágio de insolvência técnica, financeira e moral.
A demissão do técnico Rodrigo Santana revela não só a falta de sensibilidade de Namur, como alguns traços da personalidade traiçoeira e covarde. Ao demitir um jovem como Santana atribuindo a responsabilidade pelos fracassos que é só sua, Namur prova de que não é confiável.
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A política do clube, deformada por desejos ultrapassados (Vialle) e interesses inexplicáveis (Namur), conseguiu suspender as eleições de sábado, o que desnorteia ainda mais o clube. É que a extinção do mandato de Namur em razão do prazo estatutário deixará o clube sem representação.
Como não é possível a prorrogação do tempo de Namur sem uma assembleia dos sócios (e esses nem a permitiriam), é necessário nomear uma comissão. O que fará uma comissão improvisada para comandar o clube até a data das eleições?
A sete pontos do Bahia, o primeiro antes da zona de rebaixamento, só um milagre para o salvar. E, milagre, não há para os grandes pecadores.
Concordo que nada mais é capaz de mudar o rumo do Coxa, com ou sem eleição. Mas, isso, não autoriza faltar com respeito à instituição. E a conduta exclusivamente política de Vialle e Namur falta com respeito ao grande clube.
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