Em pênalti desperdiçado contra o Botafogo, Sabino acordou Nossa Senhora
O Coritiba perdia para o Botafogo (2x1), mas, não merecia perder. Da forma que corria, marcava, lutava, insistia, suava e sangrava, parecia estar jogando a própria vida, merecia coisa mais justa.
Fazia tanto (chegou a ganhar com gol de Neílton), que no final, o justo se ofereceu em forma de um pênalti inexistente, que era bater, vencer o goleiro Cavalieri, empatar e ter o direito de continuar vendendo ilusões contra o rebaixamento.
Mas, aí, ocorreu o fato que já antecipo em transformá-lo como o mais forte simbolismo do futuro rebaixamento desse Coritiba de Namur. O zagueiro Sabino foi cobrar o pênalti com seu estilo exótico de pulinhos, como se tivesse brincando de amarelinha, jeito que levaria o goleiro a convulsão de idéias para a defesa. Ignorou que o goleiro era Diego Cavaleri, uma “cobra criada”, que aos 37 anos, já sabe que o goleiro que ao retardar a escolha do canto, o batedor é quem entra em convulsão.
Quando chegou na bola, e viu Cavalieri parado, Sabino não soube o que fazer. Parecendo querer livrar-se da bola, chutou-a na igreja, acordando Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que fora dormir com a certeza do empate.
Quando o jogo do Couto terminou com essa imagem constrangedora e humilhante do pênalti perdido por Sabino, eu que não torço contra mais ninguém, usando o meu tempo para torcer só para quem eu gosto, fiquei com vergonha e pena. E aí exclamei: o Coritiba de Namur merece ser rebaixado.
A forma usada por Sabino no pênalti perdido é o resumo perfeito das razões pelas quais o Coritiba está retornando à segunda divisão. O bom Sabino nada mais fez do que tornar cênica a irresponsabilidade e a incompetência de Samir e seu G-5.
