Opinião

Furacão vence e espera a sua torcida na Baixada

Por
Augusto Mafuz
07/10/2021 01:09 - Atualizado: 04/10/2023 17:25
Atlético-GO x Athletico.
Atlético-GO x Athletico. | Foto: José Tramontin/Athletico

Gary Lineker, antes de ser comentarista da BBC de Londres, foi comemorado como um dos maiores goleadores do futebol inglês. De raciocínio acima da média no futebol, foi o criador do argumento mais forte para as derrotas da Inglaterra para Alemanha: "o futebol são onze contra onze e no final ganha a Alemanha".

Lembrei de Lineker vendo o jogo de Goiânia. Os jogos entre Furacão e Atlético-GO, às vezes, parecem desanimados porque já sabemos o seu final: o Furacão vai ganhar. O que havia acontecido na Copa do Brasil, no Brasileirão do jogo da Baixada, voltou acontecer em Goiânia: mantendo-se o mesmo roteiro ao qual até o Goianiense foi fiel, o Athletico ganhou de 2 a 0. O Furacão é uma espécie de alter ego do Atlético-GO.

Mas, que foi um jogo esquisito, não tem dúvida. Durante 60 minutos, o Furacão foi tão superior ao Atlético-GO que fez os 2 a 0 sem nenhum ruído, com gols de Marcinho aos 43’ e Terans aos 51’. No entanto, foi nas defesas do goleiro Santos que encontrou a solução definitiva para evitar que os goianienses tivessem alguma ilusão de ameaçar a vitória.

As diferenças com o Atlético-GO são tão escancaradas que os seus próprios jogadores entraram com essa consciência, em razão dos precedentes. Se precisasse jogar um pouco mais, o Furacão jogaria. Terans foi o melhor do time.

O gol que marcou, pareceu um cortejo: a bola foi parar para Nikão que viu Erick entrar por trás da zaga. Erick jogou para trás, sabendo que Terans vinha como “falso 9”. O uruguaio deu meio chute que assustou o goleiro Fernando Miguel, que acabou falhando.

Veja a tabela do Brasileirão

Agora, o Furacão vai jogar na Baixada contra o Bahia. Um jogo simbólico porque marcará a volta da maior torcida do Paraná à Baixada. O simbolismo torna-se ainda mais forte porque a torcida teve que se submeter e vencer aos piores tratos de Petraglia e o “clube dos 66” do Conselho Deliberativo.

Irei tratar dessa questão. Já adianto que se os 66 conselheiros que votaram contra o retornaram da torcida de dignidade atleticana, renunciariam. Petraglia deu-lhes um tapa na cara, pois usou-os para vetar e os ignorou para devolver a Baixada à torcida.

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Augusto Mafuz é um dos comentaristas esportivos mais tradicionais de Curitiba, conhecido por sua cobertura do Athletico e outros times da capital. Nascido em Guarapuava em 11 de maio de 1949, Mafuz tem sido uma figura central no j...

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