Na Baixada, o Athletico ganhou do Brusque por 1 a 0 e, por isso, seguirá na Copa do Brasil. Mas, o que isso significa?

Nem mesmo excluído do contexto atual do Furacão, o significado torna-se complexo. Se adotada como um consolo temporário na rotina de fracassos, a vitória significa a paixão que cega, uma ilusão.

Meu tempo de ilusão e inocência já passou. Curado, não entendo que essa passagem na Copa do Brasil tenha o significado de evolução do time.

A contradição entre dois fatos que se extrai desse jogo, prova de que o significado da vitória introduzida no contexto, deveria deixar a torcida mais preocupada. Explico.

João Correia.

Não me lembro que nesse 2025, o Athletico jogou tão bem ordenado. Houve uma ideia de jogo, um sentido tático na operação das jogadas, o agrupamento entre os setores e funções definidas. Às vezes, parecia um time.

O risco de não ganhar ficou somente por conta da absoluta insegurança de Mycael, da carência técnica de Habraão e Léo na defesa, o cansaço definitivo de Giuliano no meio, e a falta de qualidade dos atacantes Isaac, Luiz Fernando, Renan Peixoto e Velasco. Confiável, só Esquivel e, com reservas, Felipinho.

A vitória acalma os nervos em uma rotina de fracassos. Mas essa vitória sobre o Brusque não pode ter seus efeitos positivos ampliados. Foi uma vitória de exceção, imposta muito mais pela pressão emocional.

Como esse time do Furacão não tem futuro na Copa do Brasil, o fato positivo de maior relevância foi o jogo ordenado que fez. Isso quer dizer o seguinte: é preciso olhar o jovem treinador João Correia com olhos mais compreensivos. Já demonstrou que tem virtudes próprias para ter futuro: cultura, inteligência e independência. Essas virtudes nos jovens, em regra, antecipam o futuro.

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