Opinião

O Paraná despenca na Série B, a torcida se desespera e o presidente se esconde

Paraná corre sérios riscos de rebaixamento para a Série C

O Paraná despenca na Série B. E o presidente Leonardo Oliveira se esconde. A torcida vive um suplício a cada novo revés e se desespera só de pensar em rebaixamento. O time empilha derrotas, como a de ontem, para o sofrível Figueirense, na Vila.

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Em meio ao caos, Oliveira escolhe o silêncio. Se comunica com meia dúzia de conselheiros. E olhe lá. Os últimos torcedores que ouviram algo do presidente tiveram que ir até o CT Ninho da Gralha cobrá-lo pessoalmente.

Nem mesmo na demissão de Micale o gestor deu a cara a tapa. Preferiu deixar a Vila Capanema de fininho, driblando a imprensa, em silêncio, na calada da noite, após uma goleada vergonhosa para o Vitória.

Salvando ou não o Paraná, Oliveira deve respostas à torcida

Quando um presidente fala com a imprensa, ele fala com seus torcedores. E Oliveira parece ter desistido de dialogar. Até no Instagram o clube bloqueou os comentários tricolores.

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Pode se argumentar que, neste momento, mais importante que as palavras, é o trabalho. Livrar o Paraná da Série C. É óbvio que sim. Não há dúvida. A missão é árdua. Dal Pozzo terá que fazer milagre. São sete derrotas seguidas, pior sequência da história do clube.

Discurso algum de Oliveira adiantaria diante de uma histórica queda, de uma mácula tão dolorida. No entanto, salvando ou não o Tricolor, ele deve respostas à torcida.

Presidir o Paraná tem seu preço, mas também recompensas

Presidir um clube problemático como o Paraná é tarefa árdua. Os problemas de gestão duram décadas. E cada novo presidente herda os erros do anterior. Mas nem só dificuldades o clube trouxe a Oliveira.

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Em nome do Tricolor, viajou pela Europa, tirou foto sorridente com Jair Bolsonaro e, inclusive, passou a receber alto salário: R$ 25 mil entre 2018 e 2019, R$ 12,5 mil a partir de 2020, como parte do Ato Trabalhista. Por conta própria, se tornou o primeiro presidente remunerado da história do clube.

Em sua gestão, o Paraná vem quitando parte importante do passivo com ex-jogadores e funcionários. Mas também atrasa salários e gera novas ações trabalhistas, que provavelmente ficarão para o próximo presidente, repetindo os erros dos antecessores que tanto criticou.

Após vergonha na Série A, Oliveira quis acomodar o Paraná na Série B

Após a esdrúxula campanha na Série A, em 2018, o presidente tentou acomodar o Tricolor como clube de Série B, com um elenco barato. Se o acesso viesse, seria lucro. O importante seria sanar as finanças. O perigo da estratégia era evidente. E está escancarado.

Agora, Oliveira corre o risco de levar como herança para seu último ano de mandato, 2021, uma impensável e deprimente jornada na Série C.

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