O que você não viu na TV: bastidores de Athletico e Flamengo
Athletico e Flamengo fizeram um jogão nessa quarta-feira (20), na Arena da Baixada, na primeira parte da semifinal da Copa do Brasil.
O empate por 2 a 2, que você deve ter visto pela televisão, deixa tudo em aberto para o jogo de volta, na semana que vem, no Maracanã. Mas tem muitos detalhes do confronto que ficaram nos bastidores, por trás das câmeras.
Recepção
Depois da multa aplicada pela Conmebol, a torcida do Athletico fez uma recepção mais tímida à delegação na chegada ao estádio. Os torcedores gritaram músicas de apoio, mas sem a bateria e com poucos sinalizadores. Houve um pouco de aglomeração.
Infiltrados
Nos setores superiores, foi possível ver muitos torcedores do Flamengo descaracterizados. No momento do gol de Thiago Maia, alguns comemoraram. Não houve confusão. Já fora do estádio, um desentendimento entre atleticanos e flamenguistas teve de ser controlado pela Polícia Militar.
Personagem Gabigol
Apesar da rivalidade, o atacante do Flamengo entregou um moletom a um torcedor do Athletico. Gabigol também ouviu vaias dos atleticanos enquanto passava perto das arquibancadas ao ser substituído no segundo tempo.
Melhor público da pandemia
Metade da capacidade da Arena da Baixada está liberada para jogos em meio à pandemia, ou seja, 21.186 torcedores. Apenas 9.896 foram ao estádio, mas que não deixaram de apoiar o time durante toda a partida, mesmo quando o placar estava adverso. Este, inclusive, foi o maior público registrado nos estádios de Curitiba desde o retorno da torcida.
"Fica Nikão", e vaias para o VAR e para o árbitro
Antes da partida, a torcida gritou o nome de todos os atletas – Nikão e Terans foram os mais ovacionados – e do técnico Alberto Valentim. O principal grito do estádio antes de a bola rolada foi “Fica, Nikão”. O ídolo atleticano tem vínculo até o fim do ano e não vai renovar contrato.
Já o árbitro Luiz Flávio de Oliveira recebeu muitas vaias, especialmente depois do pênalti anotado para o o Flamengo com auxílio do VAR.
Protocolos
Por causa da pandemia, os torcedores passaram por protocolos rígidos. Sócios e não-sócios precisaram realizar testes de Covid-19 até 48 horas antes da partida. No estádio, todos tiveram a temperatura medida antes mesmo da revista. Depois, nas catracas, precisavam apresentar documento com foto. Quem não era sócio ou não fez o teste no laboratório conveniado do clube, precisou apresentar o resultado impresso. O uso da máscara também foi exigência. Não houve grandes filas.
Setores liberados
Devido às medidas de segurança, os setores da Arena da Baixada foram liberados. Os sócios puderam transitar entre os setores inferiores, já que também não havia cadeiras marcadas.
A maioria da torcida ficou localizada no setor Getúlio Vargas e Coronel Dulcídio, onde normalmente fica a organizada. Já os setores superiores, na Buenos Aires e Coronel Dulcídio, foram destinados aos torcedores que compraram ingressos.
Boulevard
Sonho do presidente Mario Celso Petraglia, o Boulevard da Arena tem tomado forma. Restaurantes, bares e outros empreendimentos já estão situados nas lojas em frente ao estádio. Os torcedores têm aproveitado para fazer o famoso “esquenta” antes das partidas. Os bares também tinham televisores para quem não entrou no estádio e queria acompanhar ao jogo.
Invasão
No intervalo do jogo, um torcedor invadiu o gramado e teve seus segundos de fama. Ele chegou a driblar cinco seguranças, mas acabou levando um carrinho – digno de cartão vermelho – que barrou sua atuação e os gritos de "olé" da torcida. O torcedor foi identificado e levado à Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe). O árbitro registrou o ocorrido na súmula.
Imprensa em peso
Jogo grande também traz grande repercussão na mídia. Com duas emissoras transmitindo para o país todo – Globo e SporTV –, além dos veículos locais, a movimentação foi alta dos profissionais de imprensa. Todos passaram pelos mesmos protocolos da torcida, com exigência de testagem, aferição da temperatura na chegada e uso de máscara.
