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Momento, destaques, pontos fracos e escalação: como chega o Peñarol

Por
Monique Silva
23/09/2021 00:27 - Atualizado: 04/10/2023 17:28
Peñarol está mais uma vez no caminho do Athletico na Sul-Americana
Peñarol está mais uma vez no caminho do Athletico na Sul-Americana | Foto: Divulgação/Peñarol

O Athletico vai enfrentar um "velho" conhecido na semifinal da Sul-Americana: o Peñarol, do Uruguai, que volta a aparecer no caminho do Furacão em torneios continentais. O jogo de ida está marcado para as 21h30 desta quinta-feira (23), em Montevidéu, no estádio Campeón del Siglo.

A volta está marcada para o dia 30, no mesmo horário, na Arena da Baixada.

O UmDois Esportes preparou um raio-x sobre o time aurinegro, pentacampeão da Libertadores.

Como chega?

O Peñarol chegou à Sul-Americana após ter ficado em terceiro lugar no Campeonato Uruguaio 2020. A equipe se classificou em primeiro lugar no Grupo E da Sul-Americana, com quatro vitórias, um empate e uma derrota (72% de aproveitamento), com 15 gols marcados e três sofridos. A equipe uruguaia venceu os dois confrontos contra o Corinthians - 2 a 0 em São Paulo e 4 a 0 em Montevidéu.

Nas oitavas, eliminou o Nacional-URU após venceu o primeiro jogo por 2 a 1, fora de casa, e derrota por 1 a 0 na volta. Nas quartas o adversário foi o Sporting Cristal-PER, com vitórias nas duas partidas, 3 a 1 e 1 a 0.

A presença na semifinal da Sula está cercada de expectativa entre os carboneros, que não chegavam nesta fase há dez anos.

"É a primeira vez em 10 anos que a equipe chega a uma semifinal internacional. Acho que o Athletico será o maior desafio do Peñarol até o momento na Copa. É uma equipe brasileira, de força física e intensa, com bons jogadores. E pelos antecedentes de 2018 e 2020, o Peñarol sabe que é um rival muito perigoso e mais pelo segundo jogo ser como visitante, como até agora não aconteceu no mata-mata", avalia o jornalista Pablo Benítez, do jornal El Observador.

Comando

O Peñarol é comandado pelo uruguaio Mauricio Larriera, de 51 anos. Contratado em dezembro de 2020 para o lugar de Rosario Martínez, ele já dirigiu a equipe em 44 jogos, com 24 vitórias, 15 empates e cinco derrotas, com 66% de aproveitamento.

Ex-jogador, ele começou a carreira de treinador no El Tanque Sisley, em 2005, e também comandou outras equipes como Sol de América-PAR, Racing Montevideo-URU, Defensor Sporting-URU, Al-Wakrah, Godoy Cruz, O'Higgins, Danubio e Montevideo Wanderers.

Técnico Mauricio Larriera, técnico do Peñarol (Staff Images/Conmebol)
Técnico Mauricio Larriera, técnico do Peñarol (Staff Images/Conmebol)

Força em casa e identidade

Jogando no estádio Campeón del Siglo, sob o comando de Larriera, Peñarol disputou 21 jogos pelo Campeonato uruguaio e Sul-Americana, com 12 vitórias, seis empates e somente três derrotas, com 66% de aproveitamento em casa.

"O Peñarol vai sair em busca da vitória. O técnico Mauricio Larriera tem uma proposta ofensiva com o lado direito muito forte (com González e Canobbio), uma liderança interna com Gargano e Ceppelini e o talento de Torres na esquerda, embora sinta a falta do Piquerez, que foi para o Palmeiras. É uma equipe com identidade de jogo e que sonha em chegar à final", opina o jornalista uruguaio.

+ Confira a tabela da Sul-Americana!

Destaques

O ponta-direita Facundo Torres, de 21 anos, eleito a revelação do Campeonato Uruguaio, e o centroavante Agustin "Canario" Alvarez, são os principais nomes da equipe, e merecem cuidado redobrado do Athletico.

"O Peñarol está em um bom momento e apresenta muito bons jogadores, como Giovanni González, Facundo Torres e o goleador Agustín Álvarez Martínez. Walter Gargano recuperou seu nível e Gary Kagelmacher é um líder defensivo. Além disso, Agustín Canobbio está em seu melhor momento depois de voltar do empréstimo ao Fénix", avalia Benítez.

Alvarez é, inclusive, o artilheiro da Sul-Americana, com nove gols. Em toda a temporada, ele soma 19 gols em 28 jogos.

 Agustin Alvarez é o artilheiro da Sul-Americana (Divulgação/Peñarol)
Agustin Alvarez é o artilheiro da Sul-Americana (Divulgação/Peñarol)

Últimos reforços

O Peñarol segue reforçando o elenco para a sequência da temporada. Em agosto, trouxe jogadores como o ponta-direita Ignacio Laquintana, do Defensor Sporting, e o argentino Nico Gaitán, ex-Atlético de Madrid e Benfica, que estava livre no mercado após passar pelo Braga.

Os últimos a se juntarem ao elenco foram os zagueiros Juan Manuel Ramos e Edgar Elizalde. Antes, chegaram o goleiro brasileiro Neto Volpi e o atacante Ruben Bentancourt, ex-Paraná.

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Por outro lado, a equipe perdeu jogadores importantes, principalmente na zaga, como Fabricio "Tito" Formiliano (foi para o Necaxa, do México) e o lateral-esquerdo Joaquín Piquerez, contratado no final de julho pelo Palmeiras.

Também saíram Rodrigo Abascal, que foi para o Boavista-POR; Gonzalo Freitas, emprestado ao Liverpool de Montevidéu; o meia Gonzalo Freitas, que acertou com o Mazatlán-MEX, e o atacante Agustín Dávila, que rescindiu o contrato para se transferir ao Boston River.

Nico Gaitán, um dos últimos reforços do Peñarol (Foto: Divulgação/Peñarol)
Nico Gaitán, um dos últimos reforços do Peñarol (Foto: Divulgação/Peñarol)

Pontos fracos

O Peñarol tem problemas defensivos, segundo a imprensa local. Na lateral-esquerda está o principal problema, na opinião de Benítez. Para ele, a equipe sentiu a saída de Joaquín Piquerez, que se transferiu para o Palmeiras.

"Juan Manuel Ramos tem poucos jogos na equipe e é um jogador diferente. Ele joga mais diagonalmente e não é tão profundo para o ataque. Além disso, Facundo Torres ficou quase um mês sem jogar devido a uma lesão no tornozelo e causa uma preocupação para que ele possa estar no mesmo nível de antes dessa lesão. Na defesa, a equipe não é tão forte quanto no ataque. Falta um zagueiro canhoto para dar mais segurança na saída de bola".

Esquema tático e time-base

Mauricio Larriera arma a equipe carbonera no esquema 4-5-1, atuando em 4-1-4-1 quando se defende e 4-3-3 qno momento de ataque.

A provável escalação contra o Athletico deve ter o mesmo time que empatou com o Fénix, na última sexta-feira, pelo Campeonato Uruguaio, com Kevin Dawson; Giovanni González, Carlos Rodríguez, Gary Kagelmacher e Juan Ramos; Jesús Trindade, Walter Gargano, Agustín Canobbio, Pablo Ceppelini e Facundo Torres; Agustín Álvarez Martinez.

Velho conhecido

O Athletico já enfrentou o Peñarol pela fase de grupos da Sul-Americana 2018 e também pela Libertadores 2020.

Em 2018, o Athletico venceu as duas partidas - 2 a 0 em Curitiba, com gols de Marcelo Cirino e Pablo, e 4 a 1 em Montevidéu, com gols de Léo Pereira, Marcinho, Nikão e Bruno Guimarães. Já em 2020, os duelos foram na fase de grupos da Libertadores. Na Baixada, o Furacão venceu por 1 a 0, com gol de Bissoli, mas perdeu no Uruguai por 3 a 2.

História e títulos

Chamado de "Carboneros", o Club Atlético Peñarol foi fundado por ferroviários em 1891, ou seja, vai completar 130 anos na próxima semana, 28 de setembro, um dia antes da segunda partida contra o Athletico. No início, o time era conhecido como CURCC – sigla do Central Uruguay Railway Cricket Club.

É o time com mais títulos uruguaios (50). O clube de Montevidéu conquistou seu primeiro título no país em 1900 e é uma das equipes mais tradicionais da América do Sul. Bicampeão uruguaio em 2017 e 2018, o Peñarol tem cinco títulos da Libertadores (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987), atrás apenas do Boca Juniors (6) e Independiente (7).

Estádio

O Peñarol manda seus jogos no estádio Campeón del Siglo, que comporta 42 mil torcedores. Ele foi inaugurado oficialmente em março de 2016 com uma vitória do Peñarol sobre o River Plate, por 4 a 1, diante de 37 mil torcedores. O primeiro gol foi anotado por Diego Forlán.

O Campeón del Siglo teve um custo de 40 milhões de dólares na época. Depois de muitos anos mandando jogos no Centenario, as obras do novo estádio iniciaram em fevereiro de 2014. O estádio fica afastado do centro de Montevidéu, em uma região ainda pouco habitada, a cerca de 20 quilômetros da capital, e tem dimensões de 105 x 68 metros.

Campeón del Siglo, a casa do Peñarol (Staff Images/Conmebol)
Campeón del Siglo, a casa do Peñarol (Staff Images/Conmebol)

O nome foi escolhido pela própria torcida, que votou em uma enquete proposta pelo clube, e remete à classificação da entidade máxima do futebol, sobre o Peñarol ostentar a conquista de ser o time mais vencedor das Américas no século passado.

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