O técnico Luiz Felipe Scolari completa um mês de Athletico. Felipão foi anunciado no dia 4 de maio e chegou a Curitiba no dia 7, com o status de terceiro treinador da temporada. Mas, desde a chegada, mudou os rumos do clube.
De um time que vinha de uma goleada vexatória, cheio de desconfiança e internamente bagunçado, Felipão colocou a “casa em ordem” e entregou resultados em pouco tempo. A “Família Scolari”, termo que ficou famoso na seleção brasileira de 2002, parece ter sido implantada no Furacão.
Com conversas, dando confiança e passando sua experiência de mais de 40 anos no futebol, o treinador recuperou jogadores, trouxe tranquilidade para o grupo, definiu um time titular e – talvez o mais importante – entregou resultados. E o jeito descontraído também cativou todo mundo.
Os reflexos dentro de campo deste rápido bom trabalho foram as classificações na Copa do Brasil e na Libertadores, além da arrancada que tirou o time da parte inferior e o levou para as primeiras posições do Brasileirão.
O primeiro passo do técnico – que é mais um diretor – foi dado em um mês. Agora, adaptado ao clube e feliz com o projeto e estrutura, Felipão tentará implantar suas ideias na equipe. Um objetivo, já explanado pelo treinador, é fazer com que o Athletico volte a ser um time temido, com intensidade, dinâmica e pressão no adversário, principalmente na Arena da Baixada.
Números do Felipão do Athletico
Felipão chegou a Curitiba no dia 7, mas só acompanhou a vitória sobre o Ceará, que aconteceu no mesmo dia, das cabines – dando alguns “pitacos” via rádio. A estreia do treinador foi na goleada sobre o Tocantinópolis (4 a 0), que confirmou a classificação às oitavas da Copa do Brasil.
Depois, foram duas vitórias (Libertad e Caracas) na Libertadores na Arena da Baixada, que também classificaram o time no torneio internacional. E, pelo Brasileirão, três jogos: uma derrota (Fluminense) e duas vitórias (Avaí e Cuiabá).
No total, são cinco triunfos e um revés no comando, com aproveitamento de 83%. Foram 15 gols marcados e apenas quatro sofridos. Como mandante são quatro vitórias: 100% de aproveitamento. Como visitante uma derrota e uma vitória: 50% de aproveitamento.
Neste dia 4 de junho, em que completa um mês oficialmente no comando, Felipão tenta a sexta vitória em casa contra o Santos às 19h, pela nona rodada do Brasileirão.
Time-base e atletas recuperados
Bento; Khellven, Pedro Henrique, Nico Hernández e Abner; Hugo Moura, Christian e Terans; Canobbio, Cuello e Pablo. O time-base de Felipão está na ponta da língua do torcedor atleticano.
O que a maioria da torcida não sabe é que já foram 25 jogadores utilizados em seis jogos. De recuperados de lesão, como Matheus Babi a Léo Cittadini, a jovens, como Rômulo e Vitor Roque, o treinador tem utilizado o elenco a seu favor.
Do vasto grupo, o jogador que mais cresceu sob o comando do pentacampeão, sem dúvida, foi o atacante Pablo. O camisa 9 estava sob desconfiança e tendo más atuações. Desde a mudança no comando, Pablo já fez quatro gols e só atuou mal na derrota contra o Fluminense.
Além do atacante, um jogador que, com certeza, agradeceu a vinda de Felipão foi Khellven. De pouco utilizado, o lateral-direito ganhou oportunidade e chegou a seis jogos ininterruptos como titular.
Pedro Henrique, Abner, Christian e Cuello, por exemplo, também são nomes que evoluíram mais após a chegada do treinador. Melhor para o Athletico.
Jogos do Athletico com Felipão
- Athletico 4×0 Tocantinópolis – Copa do Brasil
- Fluminense 2×1 Athletico – Brasileirão
- Athletico 2×0 Libertad – Libertadores
- Athletico 2×1 Avaí – Brasileirão
- Athletico 5×1 Caracas – Libertadores
- Cuiabá 0x1 Athletico – Brasileirão