Com raízes no Coritiba e Paraná, Fábio Carille inicia jornada no Athletico

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Monique Silva

14/04/2022 00:01 - Atualizado: 04/10/2023 16:48

Fábio Carille no Coritiba, Paraná Clube e, agora, como técnico do Athletico | Foto: Arquivo, reprodução e Divulgação/Athletico

Do futebol amador a jogador profissional, auxiliar técnico e treinador. A relação de Fábio Carille com o mundo da bola iniciada na infância agora chega a um novo ciclo. Depois de passar pelo Corinthians, dois clubes da Arábia Saudita e pelo Santos, o paulistano de 48 anos chega ao Athletico para um novo desafio na carreira.

Filho de Joaquim e Wanda, Fábio Luiz Carille de Araújo foi atleta por 13 anos, depois auxiliar por outros nove, e está no sexto ano como técnico. Anter de tornar o futebol a sua profissão, se formou em mecânica industrial, trabalhou em uma usina e também como office boy em uma loja de materiais de construção.

Carille, ou melhor, apenas Fábio, começou a jogar futebol aos 12 anos. Aos 19, fez um teste em Sertãozinho, passou e ficou lá por três meses, quando foi vendido ao XV de Jaú. Era zagueiro e lateral esquerdo. Em 1995, foi para o Corinthians e depois passou pelo futebol paranaense: Iraty, Coritiba e Paraná Clube. No Tricolor fez parte do time campeão estadual em 1996.

“Meu melhor ano jogando no futebol paranaense foi na nossa quarta conquista do campeonato paranaense em 96 pelo Paraná. Tínhamos um time tecnicamente muito bem encaixado e conseguimos o tetracampeonato”, disse Carille em entrevista à Gazeta do Povo em 2017.

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Após a conquista pelo Paraná, Carille foi envolvido em uma troca com o Coritiba: Bezerra foi para a Vila Capanema e Fábio para o Alto da Glória. Mas a transação não funcionou para ambos os lados e Fábio voltou ao Tricolor em 1997. Em 2002, ele voltou a jogar pelo Paraná na sua última passagem pelo futebol do estado, ano em que foi comandado pelo técnico Caio Júnior.

"Joguei com ele em três clubes, Paraná, XV de Piracicaba e no Iraty. Uma amizade muito grande, um amigo mesmo. O filho dele fez um estágio comigo. Foram três anos convivendo. Na época do acidente (Chapecoense) falei muito com a família dele. Um cara que eu respeitei demais, e aprendi muito", disse em entrevista recente ao podcast Flow.

Fábio Carille fez parte do Paaraná Clube que conquistou o paranaense

O Athletico é o quinto clube que Carille vai treinar. Começou na função no Corinthians, em 2017, foi até a Arábia Saudita comandar o Al-Wehda e o Al-Ittihad, e passou pelo Santos.

“Conheço o Athletico muito bem. Joguei contra aquele grande time que o Athletico tinha, com Oséas, Paulo Rink, Matosas, Andrei, Ricardo Pinto… Eu sei o quanto é difícil jogar aqui. Tanto como atleta ou como técnico. A torcida que inflama, que vem junto. Quero muito participar de mais um momento histórico aqui”, disse ao site oficial.

Carille parou de jogar em 2007, pelo Grêmio Barueri, aos 33 anos. Queria estender a carreira até os 36, mas não deu. Ele, porém, já tinha em mente que queria seguir em comissão técnica. A primeira oportunidade surgiu no próprio Barueri, como auxiliar, onde ficou de maio de 2007 a dezembro de 2008. No início do ano seguinte, era convidado por Mano Menezes para se juntar ao Corinthians. No Timão, ainda trabalhou com outros quatro treinadores: Adilson Batista, Tite, Oswaldo de Oliveira e Cristóvão Borges em oito anos de carreira como auxiliar.

"Tem hora que eu paro pra pensar, não tem explicação. As portas foram de abrindo e fui sendo abençoado. Dali a pouco eu paro de jogar no Barueri, e depois estou no Corinthians, e em seguida o Mano (Menezes) me leva para a seleção para ser observador técnico. Só posso dizer que sou abençoado, fui aproveitando as oportunidades e aprendendo com profissionais excelentes, e as coisas foram acontecendo de uma forma muito positiva", relembrou.

A chance esperada de virar treinador apareceu em janeiro de 2017, quando foi efetivado como técnico do Corinthians. Levou a equipe a três títulos paulistas (2017, 2018 e 2019) e à conquista do Brasileirão 2017. Em 2018, chegou ao Al-Wehda, da Arábia Saudita, e retornou ao Timão em 2019. No ano seguinte, teve mais uma experiência internacional, treinando o Al-Ittihad por um ano e sete meses. Seu último clube foi o Santos, entre 2021 e o início de 2022.