Vexame histórico expõe fragilidades do Athletico na Série B
"Fora todo mundo", "time de m****" e sair da Ligga Arena antes do fim do jogo. Foi assim que a torcida do Athletico reagiu à goleada por 4 a 1 sofrida para o Botafogo-SP, pela sexta rodada da Série B.
O presidente Mario Celso Petraglia e o diretor financeiro Marcio Lara foram bastante "elogiados" pela torcida, mas o personagem principal foi o técnico Maurício Barbieri. Alvo da raiva, o comandante da tragédia foi o mais vaiado e xingado na noite deste domingo (4).
Para se ter noção, a última goleada em que o Furacão sofreu quatro gols dentro da Arena foi em 17 de abril de 2021, quando o time levou 4 a 0 do Operário, pela segunda rodada do Campeonato Paranaense.
O que aumentou a pressão sobre Barbieri foi a eliminação no Estadual. A derrota por 3 a 0 diante do Maringá, também na Arena, já era um indício dos problemas no trabalho do comandante.
Contudo, Barbieri se apoiou no fato que comandou a reformulação total do elenco. Apesar disso, mostrou desequilíbrio ao elogiar a fraca atuação contra o Brusque, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, e também na beira do campo diante do Botafogo-SP.
Athletico tem problemas, apesar de ter "o melhor elenco da Série B"
O entendimento da diretoria do Athletico é que o acesso à elite do futebol brasileiro é obrigação. Além de ter o maior investimento, acredita-se que o Furacão detém o melhor elenco da competição.
Após seis jogos, os números contrastam essa convicção. São 10 gols sofridos em seis jogos, o que coloca o time como a segunda pior defesa do torneio.
Isso é reflexo de problemas desde o rebaixamento em 2024, como as dificuldades na bola aérea, transição e falta de equilíbrio em momentos de pressão. Neste ano, outra tendência são os gols sofridos nos acréscimos.
A fragilidade defensiva já estava exposta no início desta temporada, quando a equipe foi vazada em oito dos nove jogos do Campeonato Paranaense. Depois disso, o setor melhorou e chegou a ter uma sequência de cinco confrontos sem sofrer gol, o que acabou contra o Maringá, na semifinal. Na Série B, o time obteve esse sabor apenas na vitória por 2 a 0 sobre o CRB.
Em relação ao elenco, a lateral direita exemplifica os problemas da montagem. O titular da posição seria Dudu Marques, que não entra em campo há dois meses por problemas frequentes de lesão. Já o colombiano Hayen Palacios não convenceu tecnicamente.
Os problemas fizeram Barbieri improvisar o volante Raul, que já é alvo da torcida desde o Campeonato Paranaense.
No meio campo, o veterano Giuliano mal entrou em campo e não justificou a contratação badalada.
Além disso, Barbieri ainda perdeu a convicção em dois jogadores bastante influentes no vestiário. O zagueiro Léo Pelé, um dos líderes do elenco, e o atacante Kevin Velasco, indicação do técnico, perderam espaço e viraram reservas.
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Formado pela PUCPR, trabalhou por dois anos nas editorias de Esportes e Cidades da Gazeta do Povo. Entre 2019 e 2024, atuou como repórter em diversas coberturas de Política pelo Paraná Portal, antigo parceiro do UOL. Desde 2021, p...
