Opinião

Streaming contratado pela CBF para a Série D desafia a paciência do torcedor

Assistir às partidas da Série D no streaming da InStat, empresa irlandesa que fechou contrato de exclusividade com a CBF para as transmissões da competição, tem sido um desafio de paciência ao torcedor do Paraná – e dos demais times da quarta divisão.

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A empresa é desconhecida no Brasil e tem como foco oferecer serviços para análise de desempenho.

A experiência da InStat para transmissões no país era nula antes desta Série D. O acordo entre CBF e empresa, para piorar, foi firmado às pressas, três dias antes do começo da competição.

Os problemas se acumulam – e extrapolam o amadorismo. O mais comum deles, até a terceira rodada, era que, durante a partida, o site fazia o logout sozinho, expulsando o cliente da plataforma.

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Nesta quarta rodada, este problema pareceu ser resolvido. Ao contrário dos demais obstáculos oferecidos ao cliente.

+ Confira a tabela da Série D do Brasileirão

Há erros em nomes de escudos e equipes, transmissões confirmadas em cima da hora, narrações interrompidas, além de partidas com imagem de péssima qualidade, fora o sinal, que não para de cair ou travar.

Já algumas das narrações são melhor aproveitadas quando colocadas no mudo.

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Em alguns casos, é preciso atualizar a página de cinco em cinco minutos para recuperar a transmissão. Insuportável. O serviço, no geral, beira o descaso. Mas a coisa vai piorar.

Até esta quarta rodada, em que o Tricolor bateu a Portuguesa-RJ por 2 a 0, na Vila Capanema, neste domingo (8), havia a atenuante das transmissões serem gratuitas.

A partir da próxima rodada, a InStat promete passar a cobrar pelos péssimos serviços prestados até aqui. Um escárnio.

Clubes reclamam, cogitam transmissão própria e CBF veta

Os problemas, por sinal, já geraram reclamações dos clubes participantes. Boa parte das equipes está insatisfeita. Alguns clubes, como o próprio Paraná, chegaram a cogitar transmissões próprias.

Mas a ideia foi rapidamente refutada pela CBF, que ameaçou agremiações com corte de verbas e custeios como o próprio pagamento da arbitragem das partidas.

Com isto, os clubes ficaram reféns do esdrúxulo serviço intermediado pela entidade que rege o futebol nacional – assim como os próprios torcedores.

A expectativa é de que, com o início da cobrança de pay-per-view, a situação melhore.

Uma coisa, entretanto, é certa: será preciso muito amor pelo próprio clube para pagar pelas transmissões até aqui exibidas.

Mas, além da CBF e da InStat, o torcedor paranista deve reclamar para a própria diretoria.

Da qualidade dos jogadores à transmissão das partidas, esta é a sofrível vida nos substratos do futebol brasileiro.

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