Pesou no bolso

Sem previsão de receitas, queda precoce na Copa do Brasil acentua drama do Paraná

Lance de Cianorte x Paraná, pela Copa do Brasil

Derrota para o Cianorte terá reflexo no orçamento do Paraná para a temporada.

A queda precoce do Paraná na Copa do Brasil, após a derrota para o Cianorte por 1 a 0, na última quarta-feira (10), aumentou a crise financeira do clube.

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Sem receitas de TV, bilheteria, patrocínios e queda acentuada no número de sócios – o clube tinha mais de três mil sócios e, com a pandemia, caiu para um mil – a diretoria do Tricolor terá ainda mais desafios para manter a folha salarial e os compromissos em dia.

Com a eliminação na primeira fase, o clube deixou de receber R$ 675 mil. Ao todo, junto dos R$ 560 mil da participação, já seriam R$ 1,2 milhão em receitas extras.

E, se passasse pelo Cianorte, o Tricolor enfrentaria o classificado do confronto entre Ypiranga-AP e Santa Cruz, com grandes chances de chegar à terceira fase. A partida também seria única e aconteceria na Vila Capanema.

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Ao alcançar uma possível terceira fase, somaria mais R$ 1,7 milhão aos cofres, com chances de enfrentar um time da Libertadores. Mas o clube acabou caindo pela sétima vez na fase de abertura da competição.

Premiação da Copa do Brasil já estava comprometida no Paraná

Recentemente, o presidente Sérgio Molletta revelou ao UmDois Esportes que os valores da Copa do Brasil já estão comprometidos com dívidas passadas. Agora, o clube entende que terá de buscar outras soluções para manter os compromissos em dia.

Salários, acordos firmados com ex-atletas, processos judiciais e o Ato Trabalhista são apenas alguns dos problemas que os dirigentes enfrentarão na temporada.

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Em busca de novas alternativas, o Paraná criou 15 comissões, com diversos líderes, para ajudar internamente e, em breve, vai lançar novos planos de sócios para tentar aumentar as receitas.

Maurílio lamenta eliminação do Paraná

O técnico Maurílio lamentou a eliminação precoce e disse que a classificação traria maior “segurança” para o clube.

“A eliminação atrapalha tudo, a gente não pode esconder. Era o que gente imaginava para trazer segurança. E deixamos escapar pelas mãos. Eu estou arrasado. É uma estreia amarga. Nós temos que trabalhar agora, com toda dificuldade que vamos enfrentar. Mas com todo apoio da diretoria, que esteve bastante presente”, declarou em entrevista coletiva às rádios Transamérica e Banda B.

Com a eliminação, o Paraná, além de lamentar financeiramente, também se vê com um calendário enxuto para 2021. Agora, o time jogará apenas o Campeonato Paranaense e a Série C, que tem previsão de início em 30 de maio e término em novembro.

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