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Paraná na Série C: Como o Tricolor chegou à pior temporada de sua história

Paraná teve campanha medíocre na temporada.

Está decretada a queda inédita do Paraná para a Série C do Campeonato Brasileiro. Com isso, a temporada 2020/2021 se torna a pior da história de 31 anos do Tricolor. O clube já chegou a ser rebaixado no Paranaense, porém, a queda para a Terceirona nacional é um baque muito maior, por conta da perda das cotas de TV.

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E a saga paranista foi iniciada com baita expectativa do torcedor pela conclusão de uma terceirização no futebol. Que não veio. Sem apoio financeiro, o Paraná apostou em um elenco barato, comandado pelo então auxiliar técnico Allan Aal.

O departamento de futebol, liderado por Alex Brasil, optou pela parceria com outras equipes para que não precisasse pagar salários. Com isso, vieram muitos jogadores por empréstimo. Muitos também não renderam e acabaram se despedindo antes mesmo do início da Série B.

No Campeonato Paranaense, o Paraná “penou” para se classificar para a segunda fase, ficando na oitava colocação. Nas quartas de final, acabou sendo eliminado pelo rival Coritiba.

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Pela Copa do Brasil, protagonizou um dos jogos mais marcantes de sua história recente, ao vencer o Bahia de Feira de Santana, de virada, por 3 a 2, com três gols nos acréscimos, na Vila Capanema. Na sequência, porém, foi eliminado pelo Botafogo na terceira fase.

Veio então a Série B e a baixa expectativa da torcida por conta do primeiro semestre de 2020 irregular. Mas, o Paraná surpreendeu até o torcedor mais otimista. Em uma sequência inicial muito boa, a equipe de Allan Aal chegou a liderar a competição, ficando no G4 por 12 rodadas.

Allan Aal foi demitido quando o Paraná estava na oitava colocação. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes.

Com o final do primeiro turno e com o time na oitava colocação, veio a “bomba” que pôde ser decisiva na queda do Tricolor. De forma inesperada, o clube demitiu o técnico Allan Aal e o executivo de futebol Alex Brasil. Aí, foi ladeira abaixo.

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A chegada de Rogério Micale mostrou que o elenco paranista, que estava “fechado” com o ex-técnico mesmo com o rendimento irregular, não aprovou a atitude da diretoria. O campeão olímpico ficou apenas um mês no cargo, acumulando cinco derrotas e um empate.

Micale teve péssima campanha no Paraná. Foto: Albari Rosa/Foto Digital//UmDois Esportes

Veio então o catarinense Gilmar Dal Pozzo, que chegou a mostrar uma evolução tática na equipe, mas, que nada adiantou. O técnico “pediu o boné” e deixou a equipe após conquistar apenas uma vitória, um empate e quatro derrotas no comando.

Para fechar a reta final da Série B, o clube foi ao mercado atrás de um bombeiro e trouxe o desconhecido Márcio Coelho, que só havia trabalhado no Figueirense. Mas, o barco já estava praticamente naufragado e o novo treinador pouco conseguiu fazer.

Nos bastidores, quando o Tricolor já estava cada vez mais afundado na zona de rebaixamento, o presidente Leonardo Oliveira pediu a renúncia do cargo, escancarando o ambiente ruim pelos lados da Vila Capanema. O conselheiro Sérgio Molletta assumiu o comando de forma provisória e revelou que o elenco vem sofrendo com atraso de salários há meses.

Leonardo Oliveira pediu renúncia na reta final da Série B. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes.

Por fim, na penúltima rodada, o time perdeu para o Oeste, e foi decretada a pior temporada da história do Paraná Clube.

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