Gestão

Paraná entra com pedido de recuperação judicial e discutirá SAF em reunião

Bandeira do Paraná

O Paraná Clube entrou com um pedido de recuperação judicial “em caráter de urgência”. O pedido foi protocolado no último dia 29 de junho na 2ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba.

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No documento, redigido pelo escritório Tedeschi & Padilha Advogados Associados, que representará o Tricolor no pedido, o valor da causa é de R$ 100 mil para meros efeitos fiscais. O balanço financeiro do clube de 2021 cita uma dívida total de R$ 155 milhões.

Se a Justiça deferir o pedido, o Paraná terá todas as ações e protestos suspensos por 180 dias, mas precisará apresentar um plano de recuperação judicial aos credores em até 60 dias. O clube afirma já ter o processo em andamento.

“Aproveita-se a oportunidade para informar a todos os credores da requerente que o plano de recuperação judicial se encontra em elaboração e análise, reiterando o compromisso de apresentá-lo o mais brevemente quanto viável.”

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No documento de 46 páginas, o Paraná alega se enquadrar dentro das normas para o pedido de recuperação judicial. Além disso, cita sua história, ações sociais, patrimônios, Ato Trabalhista e a pandemia para justificar o momento do clube e mostrar que pode se reerguer.

Outro pedido do clube no documento também é “imediata suspensão do Leilão da Sede Social do Clube”, a Kennedy. De acordo com o documento, as Sedes Kennedy e Vila Olímpica do Boqueirão, ambas com avaliação judicial, estão avaliadas em R$ 88 milhões e R$ 37.570 milhões.

“A arrematação da sede da Kennedy causará dano irreparável aos milhares de torcedores, e mais no âmbito socioeconômico haverá prejuízo para 51 empregados, 29 prestadores de serviços de manutenção, 12 supervisores de esportes: futebol de areia, 112 atletas de projetos sociais, 80 atletas do futebol profissional, 170 atletas do futsal masculino e feminino, 102 atletas da categoria de base, sendo 585 pessoas que vivem e trabalham no Paraná Clube. A requente possui forte atuação social “, explica o clube em um trecho.

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Ressaltando na sequência um “argumento maior” que é a dívida com o Banco Central do Brasil (Bacen).

Conselho Deliberativo agenda reunião para discutir SAF

Ainda no documento de pedido de recuperação judicial, o Paraná afirma já ter iniciado seu processo para mudança para Sociedade Anônima do Futebol (SAF), com aprovação do Conselho Deliberativo. Na justificativa, o Tricolor também cita o processo feito pelo rival Coritiba, que também já se converteu à SAF e apresentou um plano de recuperação judicial.

“Urge salientar que, no presente caso, quanto ao cadastro da requerente como SAF, já houve aprovação pelo conselho deliberativo, já ocorreram todas as aprovações necessárias e já há, inclusive, a inscrição do Paraná Clube na qualidade de SAF, conforme se demonstra pelos documentos anexados. Ou seja, o Paraná Clube já constituiu a SAF, perfazendo, portanto, todos os requisitos para a Recuperação Judicial”, diz um trecho do documento.

O grupo de conselheiros do clube, inclusive, discutirá a situação clube-empresa em uma reunião agendada para esta terça-feira (5), a partir das 18h30, no Salão Panorâmico, na sede Kennedy. Outros assuntos estão em pauta na reunião, como a vacância na mesa do Deliberativo; a situação financeira do clube; informações sobre contratos (em andamento/recém-assinados) e demais questionamentos dos conselheiros (as).

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