Opinião

Incompetência faz Paraná passar (mais uma) vergonha antes mesmo de jogar na Série D

Técnico Omar Feitosa, Pedro Soriano e Rubão, da esquerda para a direita

Reforçando uma vez mais a capacidade infinita da própria incompetência, os diretores do Paraná fizeram o clube passar vergonha antes mesmo de estrear na calamitosa Série D, domingo, contra o Oeste.

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Em mais uma aula avançada de amadorismo, o Paraná perdeu o prazo de inscrição dos oito reforços contratados para a disputa da quarta e última divisão nacional, espécie de subsolo do futebol brasileiro.

Tudo isso após o ridículo vexame do rebaixamento no Campeonato Paranaense, em que o time formado com a “consultoria” da LA Sports foi o saco de pancadas de uma competição já naturalmente marcada pelo baixo nível técnico.

+ Confira a tabela do Paraná Clube na Série D

Segundo informações do ágil jornalista Luiz Ferraz, atribui-se ao ainda novato executivo de futebol, Pedro Soriano, 31 anos, o erro na inscrição dos reforços – o clube promete uma coletiva de imprensa sobre o tema nesta Sexta-Feira Santa, ao meio-dia.

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De acordo com o próprio currículo de Soriano, o neófito gestor teve a primeira oportunidade nesta específica função do futebol em 2021, em Sampaio Corrêa e São Caetano. Pouco mais de um ano atrás.

Rubão ainda não mostrou capacidade na presidência do Paraná. Foto: Albari Rosa/Arquivo/Foto Digital/UmDois

Mas seria injusto que as láureas recaíssem apenas sobre o recém-chegado. Seguindo a tradição dos especialistas em fracassos, Leonardo Oliveira e Casinha, o presidente Rubens Ferreira parece engajado em superar os antecessores.

Rubão assumiu um clube já destroçado, terra arrasada por Oliveira e depois incendiada por Casinha. E o objetivo aqui não é “bater em cachorro morto”.

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Mas ninguém obrigou Rubão ao desafio. Pelo contrário, na primeira eleição da história do Paraná com mais de duas chapas concorrentes, ele fez de tudo para vencer o pleito e sentar na hoje desgastada cadeira de presidente paranista.

Desde então, entregou o futebol para a LA Sports, assumiu que não tem voz no futebol do clube e já disparou o antigo chavão de antigos cartolas após antigos fracassos: “presidente não faz gol”.

Mas Rubão, convenhamos, é apenas fruto da falida política do Conselho Deliberativo do Paraná.

Entidade formada em parte por ultrapassados conselheiros apegados ao pouco de poder que ainda emana do órgão e, de outro lado, por novatos bem-intencionados, mas sem capacidade e, ainda, meia dúzia de obscenas figuras interessadas apenas em se refestelar nas migalhas finais do combalido Tricolor.

À torcida paranista, resta esperar (e talvez rezar). Apesar de única salvação para o clube não ficar sem calendário em 2023, a Série D começa sob o signo do descaso da gestão e como completa incógnita.

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