Paraná Clube
Entrevista exclusiva

Com 43 anos, Hilton bate recorde na Europa e deseja sorte a Maurílio e Ageu no Paraná

Por
Luana Kaseker e Diogo Souza
24/02/2021 14:05 - Atualizado: 29/09/2023 20:06
Hilton faz história no Montpellier.
Hilton faz história no Montpellier. | Foto: Divulgação/Montpellier

Com 43 anos, o zagueiro Hilton, ex-Paraná, segue na ativa na primeira divisão do Campeonato Francês. Capitão do Montpellier, o xerife quebrou um recorde ao fim da última temporada: chegou a 500 partidas na Ligue 1 e tornou-se o primeiro estrangeiro a chegar nesta marca na história.

Em um campeonato que cresce a cada ano e tem nomes como Neymar, Mbappé, Marquinhos e Bruno Guimarães, o veterano já fez história e é ídolo no clube do interior. Hilton admite que não imaginava chegar a um recorde tão significativo na Europa.

"É incrível. Quando eu cheguei, pensei que ficaria só seis meses e já iria embora. E chegar e ser o primeiro brasileiro e estrangeiro a chegar a 500 na Liga 1, acho que é uma coisa fora do comum, ainda mais na minha idade, com 43 anos. Chegar nessa marca é excepcional. Vou ficar marcado na história do francês", afirmou.

Hilton defende o Montpellier. Foto: Divulgação.
Hilton defende o Montpellier. Foto: Divulgação.

Revelado na Chapecoense, Hilton, brasiliense de nascimento, chegou ao Paraná para o primeiro contrato profissional em 1999. Ficou quase três temporadas e se destacou, junto com toda equipe paranista, no título do Módulo Amarelo da Copa João Havelange em 2000. Hilton relembra a temporada que ficou na memória dos torcedores paranistas.

"É uma satisfação imensa, independente de ter sido pouco tempo no Paraná, eu consegui deixar a minha marca. Desde que eu cheguei no Paraná, eu sempre tentei dar o máximo, sempre tentei ser o melhor pro time, acho que foi isso que me fez eu me identificar com a torcida", disse Hilton.

"Foi maravilhoso. Todos os jogadores que fizeram parte daquela temporada de 2000, nós tínhamos uma família. Éramos entrosados dentro e fora de campo. Não tinha 11 titulares, na verdade, eram todos titulares. Todos tinham pensamento positivo. Acho que isso que fez a gente ter aquela campanha maravilhosa. Claro que queríamos ter ido mais longe, mas ter conquistado o Módulo Amarelo, ainda mais naquele ano, foi muito importante e ficou marcado na minha carreira", completou.

Hilton (camisa 3) na comemoração da conquista da Copa João Havelange em 2000. Foto: Arquivo.
Hilton (camisa 3) na comemoração da conquista da Copa João Havelange em 2000. Foto: Arquivo.

Depois de se destacar no Paraná, Hilton recebeu uma proposta de um clube de México, mas conta que só não foi por um conselho do então presidente Ênio Ribeiro. O próximo destino seria o Servette, da Suíça.

"Eu estava no Paraná e tinha uma proposta para ir pro México. Eu agradeço o presidente da época Ênio Ribeiro que não me deixou ir. Ele falou 'não vou te deixar ir pro México, porque um jogador com a sua categoria, ir pra lá, você vai ser esquecido. Vai surgir um time na Europa, na Suíça, que será melhor para você'. E foi assim que aconteceu", relembrou.

Na Suíça, Hilton ficou apenas duas temporadas e partiu para a França. Passou por Bastia, Lens e Olympique de Marseille (no vídeo, ele conta ter sofrido um assalto na cidade de Marselha) antes de chegar ao Montpellier na temporada 2011/2012. Já no seu primeiro ano no clube do interior, conquistou a Liga 1. Desde então, já são 10 temporadas atuando como titular mesmo no alto dos seus 43 anos. Na temporada atual, o zagueiro já tem 20 jogos.

A vida saudável e os treinamentos regrados são os segredos para o condicionamento atlético do ex-paranista. Mas ele já disse que não pretende jogar muito mais tempo. A ideia é tornar-se diretor.

Hilton deseja sorte a ex-companheiros de Paraná

Hilton em treino pelo Paraná na temporada de 2000. Foto: Valterci Santos/Arquivo/Gazeta do Povo.
Hilton em treino pelo Paraná na temporada de 2000. Foto: Valterci Santos/Arquivo/Gazeta do Povo.

E, mesmo de longe, o veterano tem acompanhado o Tricolor. O defensor comenta a situação triste do clube após a queda à Série C e deseja sorte aos ex-companheiros Maurílio e Ageu. Com o auxiliar técnico, inclusive, Hilton revela já ter conversado. Assista na entrevista completa.

"Tenho acompanhado o Paraná, mesmo de longe. Não assisto os jogos, porque os fusos horários são complicados aqui. Mas eu vi que foi um ano complicado. A pandemia acabou prejudicando um pouco o Paraná, porque ele começou muito bem a Série B e depois da pandemia passou por momentos díficeis e foi rebaixado. Desejo agora boa sorte pro Maurílio e pro Ageu", finaliza o zagueiro.

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