Futebol

5 razões que explicam o vexame do Paraná na Série C

Gustavo França, do Paraná.

O Paraná tem seis jogos para apagar o que fez de errado na Série C e iniciar uma arrancada para evitar o rebaixamento. Nono colocado do Grupo B, com apenas nove pontos, o Tricolor ao longo da competição passou nove rodadas dentro da ZR.

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O próximo e decisivo desafio será contra o Ituano no sábado (21), às 19h, na Vila Capanema, pela 13ª rodada. A situação é complicada, mas não impossível de ser revertida. Listamos cinco erros cometidos pelo Paraná ao longo da Série C – e da temporada – que podem explicar o que o clube passa dentro de campo.

Muitas contratações e saídas

O primeiro passo para um time não se firmar em um campeonato são as mudanças constantes de peças. E, neste fator, o Paraná foi especialista. O time passou por uma reformulação no início da temporada, mas seguiu tendo muitas contratações e saídas ao longo dos meses. Até aqui, já foram 37 contratações (17 só para a Série C) e 19 saídas.

E o clube ainda tenta regularizar três meias: Gabriel Correia, Araújo Love e André Ferreira, que treinam no CT Ninho da Galha. A situação deles teria envolvimento com a resolução da parceria com a FDA Sports, mas eles chegariam para disputar apenas cinco jogos. Outros nomes que chegaram, mas não ficaram, foram o do goleiro Waldson e do meia Andrey Falinski.

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O zagueiro Micael foi um dos atletas que já deram adeus ao Tricolor. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes.

Mudanças na gestão do futebol

A mudanças no departamento de futebol podem explicar todos esses atletas que chegaram e saíram sem nenhum critério. O clube começou tendo como líder do futebol Moisés Von Ahn, depois Marcello Guatura assumiu a função de executivo do futebol, auxiliado por Marcelo Nardi.

Com a chegada da parceria da FDA, mais jogadores foram indicados com aval de Arthur Ferreira e Evandro Rocha. Ou seja, quatro gestores para decidirem nomes que servem – ou não – para o clube. O próprio Arthur revelou que o sistema é “engessado” em entrevista ao UmDois Esportes.

Arthur Ferreira, gerente de futebol do Paraná. Foto: Allexandre Fellipe/Paraná.

Desequilíbrio nas posições

A falta de critério nas contratações fizeram o grupo ter um desequilíbrio em quase todas as posições. O grupo tem, no momento por exemplo, seis volantes, nove atacantes e nenhum meia – depois da lesão de Gabriel Pires, que o tirou do restante da temporada.

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Situação que obriga o técnico Silvio Criciúma a improvisar volantes e atacantes como meias de criação. A resposta vem em campo com a falta de oportunidades criadas e gols marcados: apenas um nos últimos três jogos.

Gabriel Pires era o único meio-campo do elenco. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes.

Escalações diferentes a cada rodada

Com Maurílio ou agora com Silvio Criciúma, o Paraná ainda não conseguiu repetir uma escalação na Série C. Seja por escolhas técnicas, suspensões ou lesões, o time tem passado por mudanças constantes a cada jogo. A falta de entrosamento e qualidade técnica explicam o porquê o Tricolor tem feito partidas tão díspares na competição.

Silvio Criciúma não repetiu escalação. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes.

Problemas do clube e salários atrasados

Claro que não dá para deixar de lado toda a crise que o clube vive extracampo. A situação financeira também explica o desempenho em campo. Para os jogadores que estão desde o começo da temporada, são atrasos de abril e maio em direito de imagem, além dos salários de maio e agora julho atrasados. Apenas o mês de junho teria sido quitado. Já os atletas que chegaram para a Série C estariam com a folha de julho também em atraso.

Com a indefinição da continuidade da parceria com a FDA Sports, o elenco ameaçou fazer greve como forma de protesto pelos débitos. Os jogadores tiveram uma reunião com a diretoria e não treinaram na quinta-feira (19), mas decidiram treinar nesta sexta-feira (20) e concentrar normalmente para o jogo.

Presidente Casinha não tem conseguido sanar os problemas do clube. Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo.
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