Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo (Arquivo)
Rodolfo Bührer / Gazeta do Povo (Arquivo)

Essa deve ser a sétima ou oitava reestréia do Arquibancada Virtual. Portanto, sempre que volto começo agradecendo pela paciência de todos com a sazonalidade do blog. A ausência mais recente vem da combinação entre uma mudança de horário e atribuições minhas aqui na firma e a decisão de tirar o máximo do melhor lado dessa mudança: chegar em casa mais cedo, com todo mundo acordado e poder curtir a família.

Nos últimos dias, porém, fui intimidado por várias frentes a retomar o blog. Pessoalmente, por e-mail, no MSN e via central do leitor. E é por essa pressão (sim, sou de fácil convencimento) que retomo as atividades. Por quanto tempo? Não sei e não me comprometo. E que seja eterno enquanto dure…

Show me the money
Prova de humildade da diretoria do Coritiba socorrer-se em João Carlos Vialle para tocar o departamento de futebol. Lógico que quando o barco está afundando até ateu puxa Pai Nosso e Ave-Maria, mas ainda assim é louvável admitir que na direção atual não há ninguém mais capacitado que Vialle para tirar o time do buraco. E prova também de que a cúpula coxa-branca parou guiar pela cabeça daqueles que “pensavam politicamente”. O que importa é manter o time na Primeira Divisão. O resto é bobagem.

Quando foi convidado a assumir o futebol coxa-branca em 2007, Vialle frisou que precisava ser remunerado. O clube aceitou. Agora a situação se repete e o Coritiba aceitou. Perfeito, embora crie um problema: como explicar a uma torcida ansiosa por reforços e a um elenco irritado por bichos atrasados que há dinheiro para manter dois diretores de futebol remunerados? Ou o clube acha dinheiro para investir no time e pagar os jogadores, ou talvez tenha de sacrificar Ximenes em nome do bem maior.

Tava na beira do caos
É impressionante como o refrão da música do Ney Franco combina com as vindas dele para o futebol paranaense. O Atlético de 2007 também estava na beira do caos e chegou à Sul-Americana com Ney. O Coritiba deve trilhar o mesmo caminho, até porque os elencos são compatíveis tanto nas virtudes como nos problemas.

Ney costuma começar a arrumar seus times pela defesa. Organiza a linha de três zagueiros e a protege com dois volantes. Da mesma forma que apagou o fogo amigo de Danilo deve enquadrar Jéci e Jaílton. Na frente, é provável que avance Marcelinho ao ataque, como fez com Ferreira.

Aliás, olha aí o Ney toca no Bem, Amigos um medley de Tava na beira do caos e Knocking on heaven’s door:

Estranha coincidência
O meu ultimo post foi quando o Coxa bateu o Grêmio de virada, por 2 a 1. De lá para cá, o Coritiba não ganhou mais. Pergunto: o AV que ficou muito tempo fora do ar ou a má fase do Coxa que está muito extensa?

É o Delegado
Confesso que já havia dado baixa em Antônio Lopes, o considerava um ex-treinador. Não pela idade, mas pelos seus últimos trabalhos. Depois de 2005, o Delegado teve três temporadas sofríveis. O convite do Atlético fez bem a ele, e ele fez bem ao Atlético. Com simplicidade, ensinou o time que é se defendendo com sabedoria que se sai da zona de rebaixamento. Funcionou nos três jogos fora de Curitiba. Agora é ver como será jogando na Arena, contra um time pequeno e com a obrigação de ir ao ataque.

Efeito retardado
Finalmente o Paraná vai achando o rumo na Série B. Ajeitou a defesa com Dedimar, Gabriel e Élton; encontrou um bom armador em Davi e parece ter em Adriano um atacante minimamente confiável. Não vai cair, mas também não dá segurança de que subirá. Deve, mais uma vez, ficar vagando pela zona morta.

A mesma rotina
O turno está acabando nas duas divisões e nossos times ainda estão se arrumando. Fracassamos de novo no planejamento. Assim, não chegaremos a lugar algum.