Com os quatro acessos da Série B definidos, a situação da TV fechada no Brasileirão 2021 está cada vez mais delineada. E, após 33 rodadas do campeonato, o cenário é bastante favorável à Globo.
Dos times que garantiram vaga na elite, Chapecoense e América-MG têm acordos com Globo/SporTV, e enquanto apenas Juventude é vinculado à Turner/TNT Sports. O novato Cuiabá é o único que ainda não concluiu a venda de seus diretos de transmissão, mas deve fechar com a emissora carioca.
Há ainda a situação do Internacional, que passa ter contrato com a Globo após o fim de seu contrato com o a empresa americana.
Dependendo dos rebaixamentos, poderemos ter uma mudança ainda mais brusca no cardápio de jogos dos canais em questão.
Na atual configuração da tabela de classificação, Botafogo (24 pontos), Coritiba (28) e Goiás (29) têm limitadas chances de escapar da degola. Cariocas e goianos são times Globo, enquanto Coxa é Turner.
A última posição na ZR, que atualmente persegue Fortaleza, Sport, Bahia e Vasco, é o que vai definir o panorama.
O Fortaleza (Turner) é quem hoje cairia para a Segundona. A equipe tem 35 pontos, mesma pontuação do Sport (Globo). O risco segue alto também para Bahia (Turner), com 36, e Vasco (Globo), com 37.
Caso a Turner perca mais um clube, além da iminente queda do Coritiba, o TNT Sports teria seis times – já contando com o acesso do Juventude e com a troca de lado do Colorado. Isso implicaria na diminuição de 56 jogos transmitidos na atual temporada para apenas 30 partidas em 2021.
A Globo ganharia uma equipe (contando o eventual acerto com o Dourado) e passaria a ter 14 na Série A. Como há um limite contratual de 76 jogos transmitidos em TV fechada, o SporTV ganharia na possibilidade de escolha: de 132 duelos para 182.
Caso Bahia e Fortaleza escapem, por outro lado, o Brasileirão teria 13 clubes do SporTV e sete do TNT Sports. Nessa hipótese, a Turner perderia menos jogos: de 56 em 2020, poderia exibir 42 em 2021.
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Veja a distribuição dos contratos de TV no Brasil
Os acordos valem somente para a Série A – o contrato da Segunda Divisão é centralizado via CBF, que faz a distribuição do dinheiro para quem optar por aderir.
Em 2020, a Turner distribuiu cerca de R$ 154,6 milhões entre seus oito contratados. O bolo da Globo ficou em torno R$ 300 milhões para seus 12 times da TV fechada.