Roger Federer mostrou quem realmente manda no tênis mundial. Encerrou a histórica invencibilidade de Rafael Nadal de 81 jogos no saibro com uma estilosa vitória na final do Master Series de Hamburgo, coroada com um pneu (6/0) no último set.
Uma conquista incontestável em uma semana com dois acontecimentos marcantes para Federer. Um foi a aposta de Pete Sampras, que vê no suíço todas as qualidades para quebrar seus recordes no circuito mundial.
O outro, mais importante de todos, a dispensa de mais um treinador, o quarto que Federer manda passear desde 2001. Em comum entre todas as dispensas, um crescimento imediato e duradouro no jogo do número 1 do mundo. É a lógica do antes só do que mal acompanhado.
E é sozinho que Federer vai em busca do seu primeiro título em Roland Garros e do quinto seguido em Wimbledon. Senhores, façam as suas apostas.
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A notícia não é nova, mas vale a menção. O último encontro entre Federer e Nadal havia sido no inusitado desafio das superfícies, numa quadra mezzo saibro, mezzo grama. A idéia da partida é de um publicitário argentino, que já havia tentado promovê-la em 2001, mas não conseguiu por falta de patrocinadores.
De um lado da quadra estaria um cabeludo carismático de uniformes coloridos três vezes campeão de Roland Garros. Do outro, um almofadinha irritantemente perfeito, recordista de semanas no topo do ranking e títulos de Grand Slam. Gustavo Kuerten x Pete Sampras. Teria sido histórico. Infelizmente, não foi, nem nunca mais será.
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Histórica, por sinal, a performance de Jadel Gregório no GP Brasil de atletismo. Saltou 17,90 m, superando em um centímetro a lendária marca de João do Paulo, registrada há 32 anos, no Pan da Cidade do México.
Jadel ainda está longe do recorde mundial, os inacreditáveis 18,25 m de Jonathan Edwards, cujo treinador, Peter Stanley, orienta o paranaense desde 2005. Mas está no caminho. Isso, claro, se não amarelar como fez na Olimpíada, no Mundial…
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E Natália Falavigna defendeu com honra seu título mundial de tae kwon do. Conquistou a medalha de bronze na categoria até 72 quilos, em Pequim, com direito a uma vitória sobre a rival Sarah Stevenson logo na estréia. Prova de que um investimento maior na sua preparação poderia ter levado a lutadora à final e, talvez, ao bicampeonato. Natália já é uma das prováveis medalhas de ouro do Brasil no Pan. Essa, ao contrário de Jadel, não amarela nunca.