O que mudou em Athletico e Coritiba para o Atletiba decisivo do Couto Pereira

O jogo entre Coritiba e Athletico, neste domingo (19), às 18h30, no Couto Pereira, além de ter um peso decisivo na tabela, também marca o reencontro das duas equipes na Série B. O duelo é válido pela 33ª rodada da competição, que agora entra em sua fase mais decisiva.

No primeiro turno, os rivais se enfrentaram no dia 28 de junho, na Arena da Baixada. Naquele embate, em encontro bastante acirrado, o Coxa saiu com a vitória: um bonito gol de Sebastián Gómez garantiu o triunfo alviverde por 1 a 0 na casa do maior rival.

Agora, mais de 110 dias depois, o que mudou em cada equipe que entrará em campo no Alto da Glória para um dos Atletibas mais decisivos dos últimos tempos?

Após crise profunda, Athletico passou por reformulação completa

Após iniciar a Série B com duas vitórias em dois jogos, o Furacão acabou estagnando na tabela e chegou a perder três partidas seguidas, o que acendeu o alerta dentro do clube e evidenciou a necessidade de reforços.

Com a sequência negativa, a diretoria demitiu Maurício Barbieri e contratou Odair Hellmann para comandar a reação da equipe.

Na rodada do primeiro Atletiba, o Athletico era o nono colocado, somava 20 pontos e vinha de uma vitória sobre o Avaí, fora de casa, o que dava ao time um aproveitamento de 47%. Para aquele clássico, Odair fazia o sexto jogo no Furacão e escalou o time com:

Mycael; Belezi, Habraão e Léo; Kauã Moraes, Felipinho, Giuliano, Patrick e Esquível; Alan Kardec e Luiz Fernando.

Do time titular que entrou em campo naquele Atletiba, poucos seguiram com prestígio com o treinador.

A primeira mudança veio no gol, com o experiente Santos retomando a titularidade no lugar do jovem Mycael. Depois, com um mercado de transferências agressivo, o Furacão trouxe reforços importantes que assumiram a titularidade, como o atacante Kevin Viveros, o zagueiro Juan Felipe Aguirre e o lateral-direito Gastón Benavídez.

O time também ganhou novas opções com as entradas de Zapelli, Dudu e Leozinho no time titular. Por outro lado, nomes como Belezi, Habraão, Giuliano e Alan Kardec caíram em desprestígio e perderam espaço. Já o jovem lateral Kauã Moraes, então destaque do time, se transferiu para o Cruzeiro.

As mudanças surtiram efeito, o Athletico chegou a engatar uma sequência de sete vitórias seguidas no segundo turno e entrou no G4. No entanto, sem vencer nos últimos três jogos, o Rubro-Negro caiu para a 7ª posição e agora precisa vencer no Couto Pereira para manter vivo o sonho do acesso.

Coritiba apostou no elenco inicial e se aproxima do acesso

Líder e com campanha sólida na Série B, o Coritiba teve algumas oscilações ao longo do campeonato e chegou a ficar pressionado para se manter no G-4. Apesar disso, a equipe comandada pelo técnico Mozart soube se recuperar nos momentos de maior pressão e chega ao Atletiba como o líder do certame.

A boa campanha, aliás, passa diretamente pelo trabalho do comandante alviverde. Mesmo nos momentos em que mais foi criticado, Mozart soube trabalhar com as peças que tinha no elenco e criou uma identidade de jogo bem definida.

A vitória no primeiro turno fez o time, que era vice-líder, assumir a liderança da Série B. Naquela altura, o Coxa tinha 27 pontos conquistados e vinha de seis jogos invicto.

O Coxa que venceu o Athletico no primeiro turno entrou em campo com:

Pedro Morisco; Zeca, Maicon, Jacy e Bruno Melo; Filipe Machado, Sebastián Gómez e Josué; Lucas Ronier, Iury Castilho e Dellatorre.

A estrutura da equipe segue praticamente a mesma, porém, para o clássico deste domingo, Mozart deve apostar novamente no contestado Coutinho no comando do ataque, no lugar de Dellatorre, e substituir Lucas Ronier, que está voltando de lesão, por Clayson.

Líder da Segunda Divisão, com 56 pontos, o Coxa defende uma invencibilidade de três anos como mandante diante do maior rival, que soma 49 pontos e ainda acredita no acesso. A última derrota do Coritiba no Couto aconteceu em junho de 2022, pela 13ª rodada do Brasileirão.

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