Polêmica com veterano e titular de seleção: saiba quem é Miguelito, preso por injúria racial
O meia Miguelito, do América-MG, está preso em Ponta Grossa, no interior do Paraná, por injúria racial contra o atacante Allano, do Operário. O caso aconteceu na noite do último domingo (04), no Estádio Germano Krüger, durante jogo da 6ª rodada da Série B.
Aos 21 anos, Miguelito está no Brasil desde os 15, quando veio disputar um amistoso e chamou a atenção do Santos. O boliviano assinou contrato com o clube paulista quando completou 18 anos.
Sempre foi considerado uma aposta, mas nunca teve uma sequência no profissional.
No ano passado, o meia foi alvo de críticas do então companheiro Giuliano, hoje no Athletico. Quando os dois jogavam no Santos, o camisa 8 do Rubro-Negro falou que Miguelito não tinha intensidade.
"É um jovem com muito talento, na esquerda é excepcional. Falta um pouquinho de intensidade. É uma coisa mental, de preparação, porque o que ele consegue fazer no sub-20 e na Bolívia, ele não consegue fazer nos nossos treinamentos", disse Giuliano.
"Quem escolhe é sempre o treinador, mas nós jogadores temos que ser realistas e falar a verdade. Ele é um grande jogador, vai ser um grande camisa 10 aqui no Santos, mas ainda não está preparado para isso", acrescentou o hoje meia do Athletico.
Miguelito disputou apenas 18 jogos pelo Santos e estava fora dos planos para 2025. O meia foi emprestado para o América-MG até o final da temporada.
Apesar das poucas chances no profissional, o meia é titular da seleção boliviana e já marcou cinco gols nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
O caso de injúria racial de Miguelito contra Allano, do Operário
Por volta dos 30 minutos do primeiro tempo, o árbitro Alisson Sidnei Furtado acionou o protocolo de racismo, simbolizado por um X com os braços.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil do Paraná, o jogador do América-MG teria proferido a expressão "Preto do ca******" contra o atleta da equipe paranaense. Jacy, capitão do Operário, confirmou a ofensa racial.
Gabriel Munhoz, delegado da PCPR"Diante do relato da vítima e do contexto da imagem oficial que ele passa pelo Allano, vira e profere algum tipo de ofensa e confirmado pela testemunha que ouviu a ofensa de cunho oficial, foi dado voz de prisão em flagrante ao jogador".
Como as imagens da transmissão oficial não pegaram a ofensa racial de Miguelito, a PCPR trabalha para obter algum vídeo não oficial que corrobore com a investigação.
O meia do América-MG permanecerá preso até a audiência de custódia e o inquérito policial deve ser concluído nos próximos cinco dias. A pena máxima prevista para o crime de injúria racial é de até cinco anos de reclusão.
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Jornalista formado na PUCPR e especialista em Gestão e Marketing no Esporte na Uninter. Experiência em cobertura esportiva na Banda B, no Globo Esporte, na Rede CNT e no Paraná Portal. Colabora com o UmDois Esportes desde 2024....
