SAF do Coritiba sofre atraso e CT de R$ 100 milhões é adiado

A SAF do Coritiba adiou o início das obras do novo Centro de Treinamentos em Campina Grande do Sul. O motivo do atraso está na demora para obtenção de licenças ambientais pelo Instituto Água e Terra (IAT).

Inicialmente previsto para começar até o fim de 2025, o projeto agora tem previsão de início para o primeiro trimestre de 2026. A nova data, no entanto, depende exclusivamente da liberação por parte do órgão ambiental e não do clube.

Segundo apuração do ge.globo, confirmada pelo UmDois Esportes, o clube ainda não recebeu a licença prévia do órgão governamental, que serve para atestar a viabilidade ambiental, e ainda não pode iniciar a construção.

Desde junho de 2024, a SAF tem mantido tratativas com o IAT e já recebeu três pedidos de correções na documentação. As exigências envolvem desde ajustes nos textos até detalhes sobre o terreno onde o CT será construído.

Internamente, existe um otimismo do clube de andamento do projeto e a previsão para o início das obras até abril de 2026, com conclusão estimada para 2028.

No mês de agosto, o clube deve intensificar os trabalhos para reenviar a documentação necessária ao IAT. Por se tratar de uma área de proteção ambiental, o processo exige cuidados específicos.

Enquanto aguarda as liberações para o início das obras, o Coritiba mantém reformas pontuais no seu atual Centro de Treinamento. Entre elas estão a inauguração do novo Centro de Saúde e Performance, inaugurado um junho, a construção de uma nova guarita e a reorganização de salas.

O novo CT alviverde tem custo previsto em contrato com a SAF: R$ 100 milhões, corrigidos pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

IAT aguarda Coritiba enviar documentos

Segundo o IAT, o Coritiba ainda precisa reenviar a documentação atualizada referente à licença prévia. “O IAT analisa com base em um checklist. Quando tudo é cumprido, a licença é emitida”, explicou um representante do Instituto.

Em contato com o UmDois, o Instituto Água e Terra explicou que trabalha com três tipos de licenças ambientais: licença prévia, licença de instalação e licença de operação. Cada uma corresponde a uma etapa do projeto e exige requisitos diferentes.

A licença prévia, atualmente pendente, é a primeira fase do processo e avalia a viabilidade ambiental da obra.

Ela permite apenas ações iniciais no terreno, como cercamento da área, entrada de equipamentos, montagem de oficina. Após a concessão da licença de instalação, o clube terá cinco anos de validade para iniciar e executar a obra, dentro dos parâmetros autorizados.

A licença de instalação é a autorização que permite o início efetivo da construção, incluindo a fase bruta da obra, como terraplanagem e fundações. Ela só pode ser emitida após a aprovação da licença prévia, com base em uma documentação mais detalhada.

Já a licença de operação é necessária apenas na última etapa do projeto, quando o centro de treinamento estiver pronto para entrar em funcionamento. Essa autorização garante que o espaço está de acordo com as normas ambientais, como compensação ambiental, para operar suas atividades.

Novo CT é aguardado no Coritiba e já passou por mudanças

Segundo a SAF do Coritiba, a estrutura do novo local promete ser uma das “mais modernas da América Latina”. O projeto terá uma área total de 461 mil metros quadrados.

Além disso, prevê as construções de: miniestádio; hotel; quadra poliesportiva; lounges; sala de pedagogia com biblioteca; academia; centro médico; escritórios administrativos; salas integradas de tecnologia e inteligência; piscina; sauna; áreas de massoterapia e crioterapia; sala de imprensa (capacidade para 100 pessoas); auditório (capacidade para 3 mil pessoas); pista de cooper e área verde.

O projeto sofreu mudanças no final de 2024, a poucos dias da saída de Vilson Ribeiro de Andrade da cadeira da associação no conselho da SAF. Veja as alterações abaixo.

• Não construção de um campo de areia;
• Não construção de uma quadra poliesportiva;
• Diminuição de 500 para 350 vagas de estacionamento;
• Diminuição da área de portaria de 400 para 330 metros quadrados;
• Diminuição de 9 para 7 campos de treinamento para o time profissional;
• Diminuição da capacidade do miniestádio de 2 mil para mil pessoas;
• Diminuição de 5 para 2 quiosques de campos.

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