A punição da Fifa ao Coritiba com a transfer ban – quando um clube é proibido de registrar novos jogadores – pode ganhar contornos não esperados pelo clube. A defesa do ex-jogador Rafinha entrou com um pedido para que a Justiça não libere o pagamento da dívida com o atacante Cerutti.
No início de maio, o Coxa sofreu a pena da Fifa por não ter pago uma dívida de pouco mais de R$ 400 mil ao atleta argentino. Porém, a diretoria alviverde via o caso como para ser resolvido em questão de dias, uma vez que dependia apenas de uma liberação da juíza, ao qual Rafinha que evitar que a fila de credores seja furada.
O ídolo coxa-branca ganhou um processo no valor de R$ 1,2 milhão contra o Coritiba por conta de salários atrasados em sua primeira passagem, entre 2010 e 2013.
De acordo com a defesa do ex-camisa 7, não é justo que Cerutti receba a dívida antes, uma vez que o Coxa não agiu legalmente em cinco situações.
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Confira os motivos alegados pela defesa de Rafinha contra o Coritiba:
A primeira é o fato de ter omitido a dívida com Cerutti e também a sentença de fevereiro e a punição da Fifa, em maio.
A segunda é que o clube alega não ter dinheiro para quitar a dívida, mas comprou recentemente o atacante Fabrício Daniel por R$ 2 milhões.
O terceiro ponto é o fato de que ao longo da temporada o Coxa já contratou nove jogadores com “altíssimos salários”.
O quarto é a questão de que o clube ou a SAF não interpuseram recurso de apelação perante a Corte de Arbitragem do Esporte, além de não ter agido lá atrás, na data da sentença.
Por fim, a demora de notificar a Justiça sobre a punição. Entre a notificação e o aviso do Alviverde, se passaram 25 dias.
Diretoria segue tranquila e acredita em rápida solução
Desta forma, a defesa de Rafinha exige que o pedido seja indeferido e que a lista de pagamentos via recuperação judicial seja cumprida, o que poderia manter o Coritiba sem poder registrar novas contratações.
No entanto, a diretoria do Coxa segue confiante de que quitará nos próximos dias a dívida com Cerutti, sem qualquer interferência no cronograma.