Finanças

Jogadores do Coritiba não se concentraram em protesto por atrasos salariais; clube refuta

Coritiba vive crise financeira

Os jogadores do Coritiba optaram pela não concentração para o jogo contra o Remo, nesta sexta-feira (02), pela nona rodada da Série B.

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Como forma de protesto em razão dos atrasos de salário em carteira e direitos de imagem, os 23 atletas relacionados para o duelo não foram para o hotel onde o clube costuma se concentrar, no centro da capital paranaense, na véspera do jogo, na quinta-feira.

Segundo apurado pelo UmDois Esportes, o elenco tomou a decisão após reunião antes do treino de quinta-feira. Os jogadores se apresentaram no hotel somente nesta sexta, no horário do almoço, dia da partida.

O incômodo dos jogadores é em razão do atraso do pagamento do direito de imagem do elenco, revelado com exclusividade pelo UmDois Esportes no dia 11 de junho. Os atrasos variam caso a caso, dependendo do tempo de casa.

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Alguns jogadores não recebem há dois meses em carteira. Há casos no elenco com atletas que estão há sete meses sem os valores relacionados a direito de imagem.

O Coritiba, através de sua assessoria, alega que o cancelamento do regime de concentração para o duelo com o Remo foi uma decisão do setor de logística do clube, considerando que os atletas ficaram uma semana fora de Curitiba para as partidas pela Série B.

O clube diz, ainda, que houve atraso no retorno de Aracaju, na quarta-feira (30), e que “jamais houve mobilização dos atletas se negando a fazer a concentração”.

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Direito de imagem e Lei Pelé

De acordo com a Lei Pelé, o valor correspondente ao uso da imagem não pode ultrapassar 40% da remuneração total paga ao atleta, que é composta pela soma do salário e dos valores pagos pelo direito de imagem.

A maior parte do plantel coxa-branca recebe parte dos vencimentos como direito de imagem. A prática é comum no futebol e visa diminuir a responsabilidade dos clubes com encargos trabalhistas.

Em maio, o UmDois revelou que o Coxa precisou de aportes financeiros de membros da diretoria para pagar suas despesas. Um deles, de R$ 2 milhões, feito pelo vice-presidente Juarez Moraes e Silva, é o embrião para um fundo de investimento projetado pelo clube.

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