Ex-Coritiba, o atacante argentino, Ezequiel Cerruti, vive um drama junto com os demais companheiros de elenco no San Lorenzo, da Argentina.

Conhecido mundialmente como o “time do Papa Francisco” e campeão da Libertadores 2014, o San Lorenzo foi notificado na última terça-feira (14) pela Justiça para quitar uma dívida milionária com o fundo suíço, AIS Investment Fund, até 19 de outubro, para evitar a falência.

Cerutti defendeu o Coxa nas temporadas 2020 e 2021 e foi o pivô de um transfer ban sofrido pelo clube do Alto da Glória.

Isto porque o Coritiba ficou devendo cerca de R$ 400 mil ao argentino após o acordo de rescisão de contrato, por atrasar parcelas do pagamento. Diante disso, A Fifa aplicou o transfer ban, mecanismo de punição que impedia o clube de registrar novos reforços.

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Cerutti com faixa de capitão. Foto: IconSport

Em julho daquele ano, coube ao ex-presidente e empresário, Joel Malucelli, quitar a dívida com Cerutti e cancelar a punição da Fifa ao Coxa. Com a ação, Malucelli acabou entrando como credor no plano de recuperação judicial que vinha sendo conduzido pelo clube.

Após deixar o Coritiba, Cerutti acertou justamente com o San Lorenzo, onde já está em sua quinta temporada.

Entenda dívida que pode levar San Lorenzo à falência

Segundo informações do TyC Sports, o valor do débito gira em torno de 4,7 milhões de dólares, cerca de R$ 26 milhões, na cotação atual. A dívida, por sua vez, foi contraída durante a venda do atacante Adolfo Gaich do San Lorenzo para o CSKA, da Rússia, em 2020.

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Naquela ocasião, o CSKA enviou ao clube argentino um documento oficial determinando a quantia acordada pela compra do atleta. O então presidente do San Lorenzo, por sua vez, utilizou o documento para solicitar um empréstimo ao fundo suíço para antecipar o recebimento dos valores da venda de Gaich.

No entanto, após receber do CSKA o valor da transferência, o San Lorenzo nunca quitou a dívida do empréstimo contraído com o AIS Investment Fund.

Como não há mais possibilidade de recurso, a única saída para o clube argentino será quitar o valor devido ao fundo suíço, sob risco de ir à falência.

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