Eliminação do Coritiba é marcada por "Green Hell", presença de ídolo e gritos de "Fora Guto"
Com um bom público presente, o Coritiba tentou instaurar um clima de remontada na tarde de domingo (24), no Couto Pereira, no jogo de volta da semifinal do Campeonato Paranaense, contra o Maringá.
Antes de a bola rolar, o tradicional Green Hell deixou o estádio em clima de festa. Depois do apito final, foram os gritos contra o técnico Guto Ferreira que marcaram a insatisfação do torcedor com mais uma eliminação do Alviverde na temporada.
Depois de perder o jogo de ida para o Maringá por 2 a 0, o Coxa até tentou lutar por uma virada história, já que o time nunca conseguiu reverter um placar com mais de dois gols de diferença, e chegou a lançar uma campanha nas redes sociais chamada "Todos juntos pela virada".
A campanha ajudou a animar o torcedor e mais de 24 mil coxas-brancas apareceram no Couto. Entre eles, estava Alex, ídolo alviverde. Muito tietado na arquibancada, ele foi com a família prestigiar o Coritiba.
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Dentro de campo, o time não correspondeu à festa e muito menos honrou o ex-camisa 10 que fez história pelo clube em 207 jogos. Nos 90 minutos de jogo contra o Maringá, o Coxa foi um time afobado que não conseguiu criar boas jogadas, nem balançar as redes.
No fim do primeiro tempo, a animação do torcedor foi se transformando em frustração e bastou o técnico chamar Matheus Bianqui para substituir Arilson, que havia batido a cabeça e saiu do estádio de ambulância, que as primeiras vaias surgiram.
Antes da bola rolar até a escalação foi aplaudida pelo torcedor, mas depois do empate sem gols que resultou na eliminação do Coxa do Estadual, a frustração foi direcionada ao treinador.
"Guto, tira a mão do meu Verdão", gritava a torcida, em coro. Outros, xingavam o técnico. Alguns arremessaram copos em direção ao campo. Em meio ao clima ruim, até os jogadores do Coxa e Maringá brigaram, em uma confusão que foi dispersada em poucos minutos após o apito final.
A torcida, que apareceu para apoiar o time, acabou indo embora sem ser correspondida na entrega. No vestiário, a festa era toda do Maringá. Com música alta e cantoria, os jogadores comemoravam a classificação.
Do outro lado, estava Guto. Claramente abatido, o treinador foi de poucas palavras na coletiva de imprensa, que durou cerca de dez minutos. Ainda assim, defendeu sua permanência e entendeu as reclamações dos torcedores.
Dos três objetivos da diretoria coxa-branca, ir bem na Copa do Brasil, conquistar o título paranaense e conseguir o acesso, só resta um para ser alcançado.
Agora, o torcedor tem um mês de pausa do futebol coxa-branca e só volta a ver o Coritiba jogar na estreia da Série B, fora de casa, prevista para o dia 20 de abril, contra a Ponte Preta.
