Quando saiu a escalação do Coritiba para encarar o Flamengo, o que se viu foi um time mais experiente e com o meio-campo mais povoado. A entrada de Robinho no lugar de Waguininho seria para dar mais liberdade a Rafinha e dar poder de criação lá na frente. Só que, na prática, não foi bem assim. E a ideia durou apenas 45 minutos.
Lento, o Coxa foi amplamente dominado pelo Flamengo no primeiro tempo. Se não fosse Wilson, o placar poderia ter sido definido ainda antes do intervalo. O Alviverde ficou preso na defesa e não conseguia acertar uma jogada ofensiva, sendo engolido pelos cariocas.
O desempenho ruim foi tão nítido que Gustavo Morínigo voltou com o Coritiba com uma substituição tripla, mexendo em quase todo o setor ofensivo. Tudo bem que o Flamengo também relaxou e não forçou muito, mas o Coxa foi muito melhor no segundo tempo, equilibrando mais a disputa e criando mais, apesar da derrota.
Desempenho do Coritiba no segundo tempo pode ser a solução
A partir daí é que pode-se esperar uma nova formação titular do Alviverde nos próximos jogos. Não necessariamente as trocas que aconteceram no intervalo, mas deve-se dar mais velocidade à equipe.
Depender somente de Rafinha para jogadas rápidas não dá. O atacante já tem 37 anos e precisa de um suporte. Léo Gamalho precisou ser sacrificado, mas mais pelo rendimento do time do que por ele. O artilheiro não tem que sair da ára para buscar a bola, mas sim que ela chegue até ele, para que possa finalizar.
Só devolver Waguininho aos titulares no lugar de Robinho também não resolve. Foi essa a formação na derrota para o Botafogo e faltou poder de conclusão. Mas as opções na derrota no Couto Pereira podem se tornar uma nova formação.
Nos últimos oito jogos, o Coritiba conquistou uma única vitória – nos 2 a 0 sobre o Avaí. Em todas estas partidas, o esqueleto titular foi o mesmo, com um desempenho bem abaixo do esperado.
É necessária a mudança no time. Os sinais estão aí, mas Morínigo precisa entender e mexer logo, antes que seja tarde demais e a troca seja outra.