A derrota do Coritiba por 2 a 0 para o Flamengo, na noite de quarta-feira (16), no Maracanã, deixou o torcedor preocupado. Não pelo resultado em si, uma vez que os dois clubes vivem realidades bem diferentes. Mas sim a atuação do Coxa, que pareceu entrar em campo já derrotado, apenas cumprindo tabela.
Pegando os números da partida, o desempenho é assustador. O Alviverde teve apenas 29% de posse de bola e conseguiu trocar somente 198 passes certos, contra 530 do adversário. Mas o mais impressionante foi a diferença nas finalizações.
Precisando ganhar o jogo, o Coritiba teve apenas dois chutes a gol, contra 20 do Flamengo. Em nenhum momento o Coxa conseguiu se impor ou criar uma jogada perigosa. Pela postura, dava a impressão de que em nenhum momento o time acreditava na reação.
Ideia que já começou a ser construída antes de a bola rolar, com Rafinha e Léo Gamalho começando no banco. Após o jogo, o técnico Gustavo Morínigo explicou que a estratégia era deixar os dois para o segundo tempo e usar a velocidade no primeiro tempo. Porém, o plano não funcionou.
Em nenhum momento o Coxa tentou explorar a tal velocidade e as duas referências do ataque entraram precisando mais do que um gol para levar para os pênaltis.
Quando um time precisa ganhar o jogo, por qual motivo se deixar suas melhores peças no banco? O ideal seria que ambos fossem titulares e à medida que a classificação fosse ficando mais longe, aí sim os pouparia, sacando no decorrer do segundo tempo.
Coritiba tem apresentado futebol apático
Mais uma vez o time não mostrou força, conseguiu ter uma atuação pior do que a foi na ida, no Couto Pereira. E esse é o grande problema. A apatia vai tomando conta e a sequência de resultados negativos não acaba.
Nos últimos dez jogos, apenas uma vitória somada, com dois empates e sete derrotas. Algo que preocupa. A partir de agora, o Alviverde tem apenas a Série B pela frente e a postura precisa ser mudada urgentemente. Caso contrário, o espírito de derrota vai assombrar cada vez mais.