Cenas lamentáveis tomaram conta da segunda edição do Spaten Fight Night após o fim da luta entre Wanderlei Silva e Acelino Popó Freitas, já na madrugada deste domingo (28).
Assim que o árbitro anunciou a desclassificação do Cachorro Louco após duas cabeçadas e uma joelhada ilegais durante o combate de boxe, a provocação acabou passando dos limites; a equipe de Popó subiu no ringue e começou a provocar não apenas Wanderlei, mas seu treinador, André Dida, seu filho, Thor Silva e Fabrício Werdum, que estava no corner de Silva.
Diante das provocações, Thor decidiu tirar satisfação; a partir daí começaram as agressões físicas entre ambas as equipes. Em poucos segundos, o ringue também foi tomado por seguranças e alguns convidados — Jean Silva, lutador do UFC, e Pablo Sucupira, treinador da Fighting Nerds, subiram para tentar apartar as brigas.
Até mesmo Popó e Wanderlei estavam tentando apaziguar a situação, mas nesse momento, o curitibano foi atingido na nuca e, em seguida, no rosto, caindo desacordado. As duas agressões vieram da mesma pessoa, que ainda não foi identificada oficialmente.
Ao ser agredido, Silva sofreu um corte que deixou o chão do ringue manchado de sangue; o Cachorro Louco foi retirado do evento de maca. Mais tarde, nas redes sociais, Werdum confirmou que Wanderlei precisou levar pontos e sofreu uma fratura no nariz.
Popó denuncia agressão de Werdum

Após Wanderlei ser retirado do ringue, Popó pegou o microfone para fazer o discurso da vitória e aproveitou para se desculpar pelas cenas lamentáveis que encerraram o evento. O tetracampeão mundial evitou responsabilizar o adversário, mesmo após os golpes ilegais, e acusou Fabrício Werdum de agredi-lo no meio da confusão.
“Eu apanhei do Werdum. Não sei para que colocaram o Werdum nesse evento. Esse cara só faz m**** nos eventos dos outros. Werdum, eu tenho vergonha, cara. Se eu fosse você, eu teria vergonha”, disparou.
Depois de se desculpar e defender a própria equipe, Popó aproveitou o microfone para desafiar Vitor Belfort, que era o adversário original de Wanderlei Silva. Mais tarde, o baiano usou as redes sociais para deixar claro que não há nenhuma rixa entre ele e o curitibano.
“Wand, foi entre você e eu, não tem nada a ver com equipe, a nossa briga foi no ringue. Você me deu cabeçada, mas de boa. Não estou nem aí. Quero que tudo se acalme e pedir desculpas. Tentamos fazer uma entrega perfeita. Eu acabo apanhando do treinador dele, um outro cara tenta me dar um mata-leão, quase me apaga. Depois de ter tomado cabeçada, um monte de coisa. Tudo bem. Deus sabe o que faz”, disse.