Análise

Paraná Clube precisa de um choque de realidade

Maxi Rodríguez, do Paraná.

Os médicos nos garantem que memória não tem remédio. Não há vitaminas, mezinhas, chá amargo – nada. Nem alopatia, nem homeopatia, nem pajelança.

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A memória de cada um pode ser afiada ou não, independentemente de qualquer tipo de estimulo oriental ou de exercícios transcendentais. Há, porém, um tipo de memória que tem remédio, sim senhor. Cito, por exemplo, a memória do futebol. Ou, a memória da paixão pelo futebol.

Já passou da hora de os velhos e novos torcedores do Paraná Clube acordarem e partirem, unidos em todas as frentes e correntes políticas internas, para a salvação da instituição.

Não é aceitável que o time Tricolor continue sofrendo humilhações como a de cair para a série C do Campeonato Brasileiro e, agora, ser reduzido a pó de traque pelo Coritiba no primeiro clássico do Campeonato Paranaense.

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Até quando os tricolores de origem e fé vão esperar por um milagre com essas soluções domésticas que já se comprovaram insuficientes para salvar o tradicional clube da Vila Capanema. O Paraná Clube precisa de um choque de realidade.

Se não for tomada uma decisão imediata e cirúrgica – como a eleição de uma diretoria de alto nível, com empresários e pessoas com história dentro do clube, ou com a terceirização do departamento de futebol para algum investidor, afinal a marca do Paraná Clube ainda é muito forte -, daqui a pouco a memória do torcedor vai passar para uma fase comparável à da tradição oral, quando os heróis e seus feitos passavam , de geração para geração, na forma de poemas e lendas.

Simplesmente deixarão de existir imagens, ídolos, gols, conquistas, títulos e ou alguma coisa para marcar a presença do time.

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Temo que o presente do Paraná Clube se torne passado e dele tenhamos, no futuro, pouca ou nenhuma memória.

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