Carneiro Neto

O futebol mudou tanto que até as entrevistas na latinha perderam a graça

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Carneiro Neto
07/02/2025 09:14 - Atualizado: 07/02/2025 09:14
Neymar chora em retorno ao Santos: entrevistas perderam a graça
Neymar chora em retorno ao Santos: entrevistas perderam a graça | Foto: IconSport

Quando iniciei a minha longa carreira no jornalismo esportivo, como repórter de rádio há sessenta anos, era uma emoção entrevistar os jogadores após os jogos.

Principalmente quando entrevistávamos os craques dos nossos times ou da então vitoriosa seleção brasileira, pois eles falavam como pessoas normais, com nexo e explicavam direitinho o que haviam sentido durante a partida, independentemente do resultado.

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Nos últimos anos, lamentavelmente, com a impressionante queda do padrão educacional e cultural da nossa população, por grave descuido dos governantes, os jogadores de futebol tornaram-se repetitivos, óbvios e sem qualquer tipo de criatividade nas suas declarações.

O futebol mudou tanto que até as entrevistas na latinha perderam a graça.

É um tal de responder “Com certeza. A gente sabia da responsabilidade do nosso time, mas também reconhecia o potencial do adversário e o professor avisou que poderíamos ter surpresas durante o jogo. Mas temos outro jogo na próxima rodada e estamos antenados para não cometer os mesmos erros, ficar focados para buscar o nosso objetivo”.

O curioso é que todos os jogadores, de todas as equipes brasileiras, falam no mesmo padrão repetitivo e sem qualquer resquício de algum toque pessoal diferente. Q.I zerado.

Os técnicos se saem melhor nas respostas, pois a maioria foi jogador de outras gerações no tempo em que se lia mais, se estudava um pouco mais e as pessoas expressavam-se dentro dos padrões mínimos da nossa orientação gramatical.

Além de os técnicos serem mais experientes e conhecerem mais as relações com os repórteres esportivos que buscam respostas e explicações após cada jogo, bem ou mal jogado dentro de campo.

Mas que chama atenção o estilo dos atuais jogadores nas reportagens, chama, principalmente quando são colocados em xeque pelas más atuações ou sequência de maus resultados dos seus times:

“Sabemos que o momento é difícil, mas todo mundo é homem aqui dentro, temos vergonha na cara e prometemos reverter tudo para dar alegria ao torcedor. Agora é colocar o coração na ponta da chuteira para alcançar o nosso objetivo”.

A bola rola e fim de papo.

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Antônio Carlos Carneiro Neto nasceu em Wenceslau Braz, cresceu em Guarapuava e virou repórter de rádio e jornal em Ponta Grossa, em 1964. Chegou a Curitiba no ano seguinte e, mais tarde, formou-se em Direito. Narrador e comentaris...

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