Opinião

Fazia tempo que o Athletico não ficava tão acéfalo

Torcida do Athletico

Aconteceu o que previ há 60 dias, tão logo percebi a desorganização no futebol do Athletico, com o afastamento do supervisor Paulo Autuori, e a inexistência de um planejamento adequado para esta temporada: sobrou para o Alberto Valentim.

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O bode expiatório surgiu há milênios quando era separado do rebanho e deixado aos cuidados da natureza como parte de rituais religiosos dos homens.

No bode estavam depositados os pecados do povo de Israel e servia como um gesto de expiação.

Bode expiatório é um termo usado para definir um indivíduo sobre o qual recaem as culpas de um grupo de pessoas.

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Obviamente os pecados atleticanos cometidos nos últimos meses não foram de responsabilidade do treinador. Afinal, ele foi apenas mais uma peça na engrenagem, assim como o seu auxiliar – Lucho González – que, por lealdade, pediu demissão.

Fazia tempo que o Athletico não ficava tão acéfalo no futebol.

Clube modelo em todos os setores, não foi difícil para o presidente Mario Celso Petraglia conseguir da maioria dos associados a autorização para criar a SAF, que significa, na prática, que ele passou a ser o dono do clube.

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Só que em vez de somar, ele começou a dividir o clube com declarações infelizes, descortesia com os associados, agressão verbal aos torcedores e uma sucessão de inexplicáveis equívocos na gestão do futebol, a verdadeira alma e razão da existência quase centenária do Furacão.

Confesso que estou atônito, afinal Petraglia está no comando há muitos anos e, na maioria das vezes, mostrou-se sensível, ouvindo os profissionais e os atleticanos mais experientes no futebol antes de tomar as suas decisões.

Desta feita, contrariando o seu próprio estilo, cometeu erros primários que não combinam com a sua personalidade e, sobretudo, com o currículo construído através dos anos.

Foi um tal de entrar e sair gente na comissão técnica, manutenção de Alberto Valentim, que todos sabiam não estar à altura da grandeza alcançada pelo time nos últimos tempos, e uma enxurrada de contratações de jogadores que precisa ser bem avaliada antes de uma sentença definitiva.

Foram perdidos os primeiros três meses de pré-temporada e a bola está rolando sem que se saiba qual é a formação principal e quem responde pelo comando da equipe.

Enfim, o ano começou todo errado na Baixada.

Logo neste ano, com o melhor calendário possível, dinheiro em caixa e liberdade administrativa concedida pela maioria dos sócios na opção por entregar o chefia definitivamente para Mario Celso Petraglia.

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