O jogo marcou o encontro dos dois melhores times da atual Série B do Campeonato Brasileiro. Não é à toa que Coritiba e Goiás vêm se revezando na liderança da competição, com ambos indicando que conseguiram solidificar os seus caminhos para o acesso à Primeira Divisão.

Havia grande expectativa em torno do jogo, bom público no Alto da Glória, efeitos especiais que mexeram com todos, destacando-se o cachorrinho Caramelo, que se tornou marca alviverde, e entrou em campo junto com a equipe.

Bola rolando e um já anunciado tremendo equilíbrio de forças, pois tanto Coritiba quanto Goiás privilegiam o fortalecimento defensivo procurando a marcação do gol apenas no momento certo e com segurança relativa. Zero a zero arrastado no primeiro tempo.

Na etapa complementar, atendendo a inúmeros pedidos, o técnico Mozart colocou Carlos de Pena e o atacante Gustavo Coutinho mexeu com a galera ao acertar a trave goiana. Mas as ações se sucediam e nada de especial acontecia, chegando ao ponto de os jogadores do Coxa demonstrarem irritação com a cera promovida pelo goleiro Thiago Rodrigues que, ao final, resultou em empurra-empurra e a expulsão de seis jogadores. Três coxas: Clayson, Machado e Pedro Rangel.

Claro que o empate sem gols, em mais um tropeço dentro de casa, contrariou os torcedores que demonstraram a mesma contrariedade dos profissionais com os acontecimentos dentro de campo, particularmente no episódio do goleiro Thiago Rodrigues, um chato de galocha.

Analisando a quantidade de sobe e desce do atual time coxa-branca, conclui-se que o técnico Mozat terá de criar algum tipo de jogada ofensiva diferente, pois no mesmo esquema não estava resolvendo. Sim, claro que existem exceções, como na goleada sobre a Ferroviária, mas ocorre que o atual grupo, mesmo tendo sentido a falta do criativo armador Josué, tem potencial para oferecer algo mais.

Aí que entra a minha sugestão o poder do algo mais, como cantava Wilson Simonal na propaganda de uma marca de gasolina há cinquenta anos. O treinador Mozart é preparado, conhece bem o elenco por ele formado e todos os seus limites, mas que anda faltando um combustível no momento decisivo para fazer o gol, é indiscutível. É a falta do poder do algo mais que necessita ser extraído da alma dos seus atacantes.

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