Coritiba soube aproveitar baixo nível técnico da Série B. O Athletico não

Se promovermos um levantamento dos mais recentes campeonatos brasileiros da Série B vamos observar a presença de campeões nacionais, clubes tradicionais ou algo semelhante. Nesta temporada os únicos destaques com títulos importantes são exatamente Athletico e Coritiba.

O Coxa soube aproveitar o baixo nível técnico da Série B neste ano. O Furacão não.

Tudo porque a politica de contratações do Athletico atende mais aos interesses dos negócios, privilegiando empresários e agentes internacionais – no momento a febre é colombiana – do que o aproveitamento de revelações das categorias de base ou mesmo de times nacionais que contam com diversos destaques interessantes.

O maior exemplo de acerto do Coxa na composição do seu elenco foi a contratação do volante Jacy, do Operário, curiosamente revelado pelo Athletico, que está sendo aproveitado como zagueiro pelo técnico Mozart, com pleno êxito. Será que o centro de inteligência do futebol no CT do Caju estava desligado?

Outro detalhe, enquanto a diretoria atleticana vem batendo a cabeça há tempos, com a insistência de elevada quantidade de jogadores estrangeiros, sem sucesso, os executivos do futebol coxa-branca ouviram o técnico Mozart e trataram de ajustar as contratações, privilegiando os jogadores brasileiros.

Ninguém tem dúvidas do acesso do Coritiba; já Athletico vive fase miserável

Conhecendo o mercado profundamente e sabendo com o que poderá contar nesta competição, o competente Mozart fortaleceu o sistema defensivo, conta com armadores e marcadores eficientes e só está carente no ataque, sobretudo quando assume a condição de mandante.

Mas a soma de pontos e, especialmente, bons resultados como visitante – como time forte na defesa tornou-se um visitante incômodo, pois sempre sobra uma bola para alguém marcar o gol -, mas obviamente precisa aprimorar o seu comportamento como mandante trapalhão.

Ninguém tem dúvida do acesso do Coxa, se mantiver o mesmo ritmo até o final do campeonato.

Já o Furacão atravessa uma fase miserável, com crise política fora de campo, desencontro da equipe e pressão sobre o treinador Odair Hellmann e os jogadores.

No caso da última partida, no gol de empate do Cuiabá, aos 48 minutos do segundo tempo, foi inaceitável a falha do ala esquerdo Esquivel e do experiente goleiro Santos. Daí não há técnico que resista. Aliás, Esquivel é um ala eficiente no apoio, mas extremamente ineficiente na marcação e, como todos sabem, a primeira lição para o defensor é defender, of course.

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