Carlo Ancelotti tentará dar forma ao que restou da seleção brasileira

Sem ganhar uma Copa do Mundo há 23 anos – cinco mundiais desde a conquista do pentacampeonato – e nem mesmo chegar às fases decisivas da competição, a seleção brasileira transformou-se em meme de si mesma.

Ou, por outra, a outrora idolatrada e festejada melhor dentre os principais países do futebol, passou a ser uma equipe comum, beirando à mediocridade técnica.

Tudo porque a nova geração de jogadores revelou-se uma grande decepção, com destaque a Neymar, o mais badalado de todos nos últimos anos, sem ter ajudado em nada o selecionado nas três copas que disputou, e continua decepcionando com a flagrante falta de empenho da maioria dos jogadores nas apresentações do time nacional.

Todos deviam se inspirar no craque e ídolo português Cristiano Ronaldo que, aos 40 anos, ajudou a sua seleção a ganhar a Liga das Nações da Europa – equivalente a nossa modesta Copa América – e emocionou-se como se fosse um principiante. Grande caráter esse Cristiano Ronaldo!

Caráter moral e, sobretudo, caráter de competidor, que tem faltado à maioria dos atuais jogadores que vestem a camisa canarinho, sem esquecer da pouca colaboração dos treinadores que passaram nas últimas décadas.

De todas as decepções a maior foi, a meu ver, Tite, que comandou a seleção durante oito anos e não deixou nenhuma marca, nenhum legado e muito menos algum resquício de organização de jogo. Foi dependente de Neymar e deu no que deu.

Agora, Carlo Ancelotti tentará dar forma ao que restou da seleção brasileira. Não será tarefa fácil, todos sabem, inclusive o próprio badalado e prestigiadíssimo técnico italiano.

A partida com o Paraguai, na Arena do Corinthians, promete ser um teste interessante depois da apagada apresentação no empate sem gols com o Equador. O Paraguai atravessa uma boa fase, conta com bons jogadores, muita vibração e certamente será um adversário que exigirá o máximo dos brasileiros.

Para conseguir um resultado satisfatório, Ancelotti terá de exigir mais eficiência dos alas, muito mais empenho e criatividade dos jogadores que compõem o meio de campo e, obviamente, maior produtividade do ataque que não vem agradando há muito tempo.

Mãos à obra, senhores.

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