Athletico e Coritiba fizeram papel ridículo na rodada da medíocre Série B

Líder do campeonato, vindo de longa sequência invicta e com o goleiro Pedro Morisco aproximando-se do recorde de minutos sem sofrer gol, o Coritiba reunia todas as condições para ser apontado como favorito absoluto no confronto com o esforçado Paysandu.

Tendo contratado diversos reforços, com o técnico Odair Hellmann indicando os novos e, apostando na sua capacidade de reabilitação do cambaleante time que foi formado para esta temporada, o Athletico precisava vencer fora já que tem demonstrado falta de personalidade para se impor e vencer como mandante.

Não há de ver que a dupla Atletiba fez papel ridículo na rodada da medíocre Série B do Brasileirão.

Defesa do Coritiba deu um show de horror

Com quase 25 mil pessoas presentes no Alto da Glória, o Coxa poderia ter aberto o placar logo no primeiro ataque, mas Josué desperdiçou a chance, em baixo da trave adversária, mandando a bola para fora. Mas foi o mesmo Josué que abriu a contagem através de uma falta bem cobrada e daí em diante foi um show de horror no sistema defensivo coxa-branca, a começar por Filipe Machado que praticamente deixou o atacante Mauricio Garcez finalizar para empatar a partida. É inconcebível que o zagueiro Maicon tenha feito tanta falta diante da coleção de zagueiros existente no elenco formado pelo Coritiba.

O Paysandu cresceu em campo, passou a ocupar melhor os espaços e demonstrou muito mais condições ofensivas para chegar a quase inacreditável goleada de 5 a 2, em pleno estádio Couto Pereira.

Derrota do Athletico foi ainda mais dolorosa

A tragédia atleticana teve outro enredo, talvez mais doloroso pelas circunstâncias favoráveis do primeiro tempo que induziram o torcedor a acreditar em mais um triunfo fora de casa. Algo que se tornou meio novo normal, diante da incapacidade técnica e psicológica desse grupo de jogadores para impor-se dentro da Arena da Baixada.

Alan Kardec abriu o placar aproveitando preciso cruzamento de Esquivel e Zapelli fez um golaço, confirmando que se trata de jogador habilidoso, mas dispersivo durante os jogos, tanto que desperdiçou uma chance imperdível para marcar o terceiro gol, que fecharia a conta no escore em Volta Redonda.

A nova promessa de gols, o caríssimo colombiano Kevin Viveros também não aproveitou as suas credenciais, perdendo grande oportunidade para marcar e tentar ajudar um pouco o Furacão, que se repete nos últimos anos como uma equipe despersonalizada e sem comprometimento com a rica centenária história do clube. Parece um bando de mercenários.

Lamentavelmente, mesmo participando de um campeonato efetivamente de segunda categoria técnica, os únicos campeões brasileiros nesta Série B – Coritiba e Athletico – deixam os seus torcedores tristes e apreensivos com o panorama que se descortina nesta longa disputa.

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CARNEIRO NETO

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