Não sei que mal eu fiz aos coxas. São tantas críticas e mensagens pouco educadas, que às vezes fico lembrando de um ditado árabe que meu pai João dizia: “O camelo não vê sua própria corcunda, ele vê a de seu irmão”. Então, pergunto: ofendi-os?
Repasso os textos escritos e as opiniões faladas de Carneiro & Mafuz, e não encontro nada que tenha o espírito crítico sem associação a um fato verdadeiro.
Vieram me dizer que os coxas não aceitam tratar um eventual título da Segundona como inexpressivo. Se esse é o motivo, ganho razão definitiva. Um título como esse só ganha expressão para quem nada ganhou.
Pergunto: para quem acaba de comemorar os 40 anos do título de campeão brasileiro, para quem é o maior vencedor estadual, que ganhou o torneio do Povo e a “Fita Azul”, o que significa ser campeão da Segundona, o pior torneio do futebol mundial?
A velha geração de coxas entende-me. Diante desse cadastro de títulos, a indicação de um título de Segundona deixará a própria história desconfortável. Reduzir o seu significado é ampliar a grandeza do Coritiba.

Vieram me dizer, também, que com esse padrão de investimento, o Coritiba terá dificuldades para manter-se no Brasileirão. Qual o erro nesse fato que afirmo?
Sendo uma sociedade empresarial, o Coritiba não irá continuar no risco do custo beneficio.
Irá até investir mais no futebol porque haverá outras fontes de renda, mas não pensem seus torcedores que os donos da SAF criarão um novo tipo de calcular 2 + 2. Para quem não é coxa, sempre o resultado será 4.
A última coisa que vieram me dizer é que esse time atual não terá vida no Brasileirão. A sua própria origem me responde: foi formado para a Segundona, e na Segundona, depois de classificado, irá acabar. Tornou-se bom em razão do trabalho do treinador Mozart, que infelizmente está especializando-se em Segundona.
Confesso que não fiz nenhum mal aos coxas. O que eles têm que fazer é ganhar do Remo para ajudar o Furacão.
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