Quando o menino Dudu fez um convite à esperança com um belo gol aos 83 minutos de jogo, contra o Paysandu, confesso que não me iludi. É que sempre há uma última bola do jogo e aí intervém um elemento indestrutível: a aura negativa do presidente Mario Celso Petraglia. E a última bola, em regra, é sempre contra o Furacão. E sempre transformada em gol.
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Outra vez, aconteceu: uma bola alta cruzada na área do Furacão foi mal rebatida de cabeça por Habraão. Na sua queda, caiu nos pés de Diogo Oliveira, que fez 1 a 1. Uma coisa – a aura de Petraglia – tem tudo que ver com a outra – o gol do Paysandu -. Foi Petraglia quem contratou Habraão.
E o mais grave é que Petraglia buscou a benção divina. Ele que havia acendido uma vela para o Diabo com o “Pacto” que rebaixou o Athletico, agora acendeu uma vela para Deus. Para acabar com a maldição da última bola, encomendou uma benção católica para a Baixada e o CT do Caju. Isso é Petraglia: buscou proteção na necessidade fundamental humana na qual nunca acreditou, que é a fé. Não adiantou. Nem Deus acredita em suas intenções.
É só a sua influência negativa que pode explicar que passados dois meses, o treinador Odair Hellmann não consegue fazer o time jogar. Ao contrário, Odair revela-se tão incapaz de organização que faz o roteiro natural do futebol inverter-se: quanto mais treina e mais joga, o Athletico fica pior.

Foi assustador esse jogo com o Paysandu. Nem nos piores momentos deste 2025 – e que não foram poucos -, o Furacão esteve tão desorganizado, sem ideias, sem jogadas, e absolutamente carente de um comando que poderia oferecer o mínimo de compensação para a falta de qualidade individual.
Acreditem, a crise maior do Furacão é espiritual. E aí, só a fé da torcida pode salvá-lo.
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