Para ganhar, Athletico entendeu que com futebol não se brinca
Na Baixada, sem o seu povo, só com Deus de testemunha, o Athletico ganhou a primeira no Estadual. Do Cascavel CR, 3 a 1.
E para ganhar, foi preciso que o seu comando técnico recuperasse a consciência de que com o futebol não se brinca. E o “aspirante” comandado por Bruno Lazaroni era uma brincadeira maldosa, uma fantasia sob o pretexto de modernismo, que expunha o clube a riscos desnecessários.
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Com essa consciência, mandou-se à campo um time de ‘boleiros” e “cobras criadas” como são Santos, Tiago Heleno, Felipe Aguillar, Nicolas, Jadson, Matheus Babi, Alvarado, Márcio Azevedo e Vitinho. E teve que mudar até o treinador, trocando Lazaroni por António Oliveira, o que na prática não altera muito as coisas.
Ganhou de um Cascavel de futebol primário e, ainda, assim, aos trancos. Aos 15’ de jogo, o time do interior marcou com Ramon, em falha improvável do goleiro Santos.
Insistindo no modernismo do futebol cadenciado, sem fazer pressão no Cascavel, sem profundidade, o Furacão se apegou ao acaso para empatar: aos 17’, o zagueiro Aguillar, bateu de canela a bola que veio do escanteio cobrado por Jadson e que sobrou na área depois da falha adversária.
E no único momento de lucidez tática, em um lance que começou com Tiago Heleno, Khellven cruzou para Jadson que marcou 2 a 1.
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O jogo da etapa final do Furacão foi desprezível. Sem qualquer organização, sem que o treinador António Oliveira intervisse para buscar correções, o time teve a bola, teve os espaços, mas, não soube jogar.
Bem por isso, o terceiro gol, de Reinaldo, saiu da forma mais convencional possível, que é a de contra-ataque. Explicação ser convencional para um time que promete que diz adotar uma filosofia que se joga e não se corre.
Não se pode ignorar o fato de que Cascavel CR é um dos piores times do campeonato. Qualquer análise da vitória do Furacão é preciso considerar a fragilidade adversária.
Jadson foi o melhor do time.
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Para o comando técnico ficou a lição de que não se revela um time inteiro, em uma única fornada; e, para a torcida, o consolo de que vencendo, o Furacão deixou a lanterna.
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