Pablo é uma causa nobre para Felipão brigar por ela?

Pode até ser dentro de uma visão tática que prevalece diante do que o treinador propõe para ordenar o time. Mas ocorre que nem mesmo Felipão oferece defesa à causa de Pablo. O limite foi afirmar que “Pablo atualmente é melhor que Vitor Roque”. Genérico, reduzindo a decisão ao seu ponto de vista pessoal, não explica as razões. E, de repente, poderia até tê-las.

Mas, qualquer razão que Felipão possa ter, é desarmada pelos números de Vitor Roque. Enquanto há dois meses Pablo não faz gol, foi o menino que conduziu o Athletico à vitória (2×0) no Allianz Parque sobre o Palmeiras. Foi ele, o infinito contra o Galo, no Mineirão, na histórica vitória por 3 a 2. E que marcou o gol mais importante do Furacão na temporada, contra o Estudiantes, em La Plata, pela Libertadores.

Não sou daqueles que entendem de que o treinador não deve dar satisfação dos seus atos no comando do time. Embora a sua hierarquia deva ser respeitada, não pode ser absoluta. Mesmo que tenha a grife de Felipão. Quando o motivo da prevalência é subjado pelos números, a decisão hierárquica torna-se um arbítrio.

Felipão não pode provocar uma crise indo contra os números. Diante deles, Pablo não é uma boa causa.